Presidente do São Paulo cobra divulgação das conversas do árbitro com a cabine de vídeo após polêmicas contra o Palmeiras
O presidente do São Paulo, Julio Casares, solicitou nesta segunda-feira que a CBF libere os áudios das conversas entre o árbitro Ramon Abatti Abel e o responsável pelo VAR, Ilbert Estevam da Silva, durante o clássico contra o Palmeiras, disputado no último domingo, no Morumbis.
Atualmente, o protocolo da CBF prevê que os áudios só sejam divulgados se o árbitro de campo for chamado ao monitor para rever algum lance, o que não ocorreu em nenhum dos lances questionados por São Paulo e Palmeiras.
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Casares afirmou:
“É o momento de ser firme. Eu apoiei o presidente (da CBF, Samir Xaud) e apoio por sua juventude, é uma pessoa bem intencionada, mas existe um protocolo de não ceder os áudios quando o VAR não chamar o árbitro de campo para o monitor. Presidente, vamos quebrar o protocolo. Precisamos do áudio para imaginar o que aconteceu.”
Ele destacou a relevância da transparência para todo o futebol brasileiro:
“Se houve, que tipo de diálogo aconteceu entre a cabine do VAR e o árbitro de campo. São prejuízos não só ao São Paulo, mas ao futebol brasileiro. Quem quer saber desse áudio não é só o presidente do São Paulo, é a comunidade esportiva. Estamos aqui tristes, porque o resultado não volta, embora deveria voltar. Fomos prejudicados, influenciou diretamente no resultado do jogo.”
O clube identificou cinco lances em que a arbitragem influenciou o resultado da partida. O mais controverso aconteceu no início do segundo tempo, quando Allan escorregou e derrubou Tapia dentro da área, em um lance que o árbitro poderia ter marcado como pênalti a favor do Tricolor.
Casares ainda afirmou:
“Sem contar outros erros de outros clubes que têm acontecido. Vamos reconhecer com a demonstração desse áudio do VAR que a nossa arbitragem está chegando ao fundo do poço. E que mostrar esse áudio é o começo de uma mudança. Ontem eu soube da nota do afastamento do árbitro de campo e do VAR. Foi uma medida correta. Mas não pode ficar apenas numa suspensão temporária e depois é premiado num outro jogo logo ali na frente.”
Sobre a necessidade de maior rigor na utilização da tecnologia, ele reforçou:
“Precisa ter rigor, porque não foi um erro qualquer. Precisa ter rigor. Porque se tem tecnologia, e às vezes ela é aplicada numa demanda muito maior, ontem inexplicavelmente ela não foi aplicada em nenhum dos cinco lances que nós mostramos. Todos eles passíveis de pelo menos chamar o árbitro ao monitor.”