Uma denúncia de um suposto caso de racismo ocorrido na partida entre América-RJ e Itapirense pela Copa São Paulo de Futebol Júnior, em Itapira, movimentou o fim de semana da competição.
O jogador João Pedro, do América-RJ, denunciou que foi chamado de “macaco do c…” por Marcus Vinicius, atleta da Itapirense, após o apito final. A ofensa foi registrada tanto em boletim de ocorrência quanto na súmula do árbitro Elder Patrick Dantas.
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O caso gerou ampla repercussão, com manifestações das partes envolvidas. O América-RJ, em nota oficial, repudiou o ocorrido e afirmou que “o racismo não tem lugar no esporte nem em nossa sociedade”, pedindo “medidas severas contra os responsáveis”.
A Federação Paulista de Futebol também se pronunciou, declarando que “a Copinha é uma competição democrática, sem espaço para preconceito”, e prometeu acompanhar o caso para garantir punições rigorosas.
A Itapirense, por sua vez, afirmou que não conseguiu identificar o incidente pelas imagens analisadas, mas destacou que “racismo é uma acusação gravíssima e intolerável”. O clube defendeu uma apuração rigorosa e reiterou ser contra qualquer forma de discriminação, ressaltando seu compromisso com respeito e igualdade.
O caso foi registrado na Delegacia Seccional de Mogi Guaçu, cidade próxima a Itapira, e será investigado pelo delegado Matheus Oliveira Lima.
“Estamos profundamente consternados com o episódio de racismo ocorrido contra um atleta do America durante a nossa primeira partida na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2025.
O racismo não tem lugar no esporte nem em nossa sociedade. Repudiamos veementemente qualquer ato discriminatório e estamos comprometidos em garantir que medidas severas sejam tomadas contra os responsáveis.
O futebol é um esporte que deve unir as pessoas, independente de raça, cor ou origem. Vamos continuar a lutar por um ambiente mais justo, inclusivo e respeitoso para todos. Contamos com o apoio de todos para erradicar o racismo do nosso esporte e da nossa vida”.
“A Sociedade Esportiva Itapirense vem a público se manifestar sobre as acusações de racismo envolvendo um de nossos atletas na partida realizada no dia 04/01 contra o América-RJ, válida pela primeira rodada da Copa São Paulo de Futebol Júnior.
Após o término da partida, fomos informados pelo delegado responsável pela sede de Itapira que um dirigente do América-RJ relatou um episódio de injúria racial contra um de seus atletas, supostamente cometido por um jogador da nossa equipe. Segundo os relatos, o incidente teria ocorrido no final do jogo, quando um jogador do América estava caído no gramado.
Ressaltamos que, ao analisarmos as imagens mencionadas, não identificamos o lance descrito. Contudo, como o racismo é uma acusação gravíssima e intolerável, solicitamos que os fatos sejam apurados com rigor e que as provas sejam apresentadas, para que se faça justiça e não haja espaço para equívocos.
A Sociedade Esportiva Itapirense é contra qualquer forma de discriminação e possui, em seu elenco, inúmeros atletas negros, com os quais mantemos diálogos constantes sobre o combate ao racismo no futebol. Reforçamos que atitudes discriminatórias não são toleradas em nosso clube e que aplicamos punições severas quando comprovações ocorrem.
Nos solidarizamos com o atleta envolvido e reiteramos nosso compromisso com o respeito e a igualdade dentro e fora de campo. Aguardamos a apuração dos fatos e confiamos que as autoridades competentes conduzirão o caso de forma justa e transparente.
Sociedade Esportiva Itapirense”.
“A Federação Paulista de Futebol foi informada pelos oficiais da sede de Itapira, da Copa São Paulo Sicredi 2025, que um atleta do América-RJ relatou ter sido vítima de ato racista na partida contra a Itapirense, neste sábado (4).
Prontamente, o diretor de jogo levou o caso para a Polícia Militar. O caso também será encaminhado à Justiça Desportiva, para que sejam tomadas todas as medidas cabíveis.
A FPF acompanhará o caso para que as punições sejam aplicadas de forma rigorosa, bem como dará todo suporte necessário para o atleta e ao América-RJ.
A Federação Paulista de Futebol não tolera quaisquer atos racistas ou discriminatórios.
A Copinha Sicredi é uma competição democrática, de respeito e alegria, sem espaço para preconceito de qualquer tipo”.