Confira a nova estratégia do Corinthians para quitar a Arena

Clube do Parque São Jorge busca adiantamento em novos patrocínios para negociar dívida com a Caixa Econômica Federal

Por: Pedro César Lélis
6 horas atrás em 10 de outubro de 2025
Neo Química Arena / Divulgação Corinthians



O Corinthians deu um passo importante nas tratativas sobre o futuro financeiro da Neo Química Arena. A diretoria solicitou oficialmente à Caixa Econômica Federal o valor necessário para quitar a dívida do estádio, estimada atualmente em cerca de R$ 670 milhões. O banco, no entanto, ainda não apresentou uma resposta formal sobre qual seria o montante caso o pagamento fosse feito à vista.





A movimentação faz parte de uma estratégia mais ampla do clube, que busca novas fontes de receita para equilibrar as contas e, eventualmente, se livrar do débito com a Caixa. O Timão, que acumula mais de R$ 2 bilhões em dívidas, tenta articular uma operação financeira baseada em adiantamentos de patrocínios.





A principal aposta da diretoria é negociar um novo contrato de naming rights para o estádio e um acordo mais rentável para o patrocínio máster da camisa. O clube mantém conversas com mais de três empresas interessadas no pacote comercial — um “combo” que une Arena e uniforme.





Hoje, o Corinthians recebe R$ 103 milhões por ano pelo patrocínio da Esportes da Sorte e R$ 23 milhões da Neo Química pelos naming rights. A meta do clube é elevar os valores para R$ 270 milhões anuais, sendo R$ 70 milhões vindos dos direitos de nome do estádio e R$ 200 milhões do espaço principal na camisa.





O objetivo do Corinthians, portanto, é usar o possível adiantamento desses contratos para tentar uma negociação direta com a Caixa. Assim, a ideia é que, se o banco oferecer um desconto atrativo para quitação imediata, o valor antecipado pelo novo patrocinador sirva como base para liquidar a dívida da arena.





Mesmo em meio a dificuldades, o clube ainda não quitou o transfer ban de R$ 40 milhões referente à contratação de Félix Torres, a diretoria acredita que um acordo comercial robusto pode, enfim, representar o início de uma nova fase financeira.







O plano, portanto, vai além da simples renegociação da dívida: trata-se de um esforço para reposicionar o Corinthians economicamente, reduzir passivos e fortalecer a marca tanto dentro quanto fora de campo.