A rivalidade entre São Paulo e Palmeiras está atingindo novos patamares, não apenas nos gramados, mas também nos bastidores. O relacionamento entre os dois clubes, que já passou por momentos de cooperação e entendimento, parece ter se deteriorado nos últimos tempos, culminando em atritos públicos e trocas de farpas entre dirigentes e jogadores.
O acordo anteriormente estabelecido entre os presidentes Julio Casares, do São Paulo, e Leila Pereira, do Palmeiras, que previa o empréstimo dos estádios em determinadas situações, visando inclusive o retorno dos torcedores visitantes nos clássicos paulistas, agora parece uma memória distante. O episódio envolvendo a transferência surpresa do lateral-esquerdo Caio Paulista do São Paulo para o Palmeiras no final do ano passado foi o estopim para uma série de desdobramentos negativos na relação entre os clubes.
Profetize na BetNacional! Clique aqui e use o código TUDOSOBREPAULISTA.
A saída do jogador pegou os dirigentes são-paulinos de surpresa e gerou constrangimento, além de dificultar a reposição da posição no elenco tricolor. A situação se agravou com a demanda de Welington por melhores condições em sua renovação contratual, o que permanece travado até o momento.
Em confrontos recentes, as provocações entre os times têm sido evidentes. Após a conquista da Supercopa Rei pelo São Paulo, houve ironias em relação ao gramado do Allianz Parque, que estava interditado. Além disso, o atacante Calleri não poupou provocações ao afirmar que sabia que seria campeão enfrentando o Palmeiras, em uma referência ao muro que separa os CTs dos dois clubes na Zona Oeste de São Paulo.
No último confronto entre as equipes no Paulistão, o clima de animosidade ficou ainda mais evidente. O presidente do São Paulo, Julio Casares, fez duras críticas à arbitragem e ao técnico do Palmeiras, Abel Ferreira. A recusa do São Paulo em permitir que o treinador português utilizasse a sala de coletivas no Morumbi foi interpretada como uma resposta à suposta falta de estrutura oferecida quando o São Paulo é visitante no Allianz Parque.
A hostilidade entre os clubes parece estar longe de diminuir, e a possibilidade de enfrentamentos futuros apenas adiciona mais tempero a essa rivalidade acirrada. Com as duas equipes disputando juntas diversas competições, incluindo o Brasileirão, a Copa do Brasil e a Conmebol Libertadores, é provável que novos capítulos dessa saga sejam escritos nos próximos encontros entre São Paulo e Palmeiras. A bola pode parar, mas a rivalidade continua acesa nos corações dos torcedores.