Na noite da última segunda-feira, 29, o Conselho Deliberativo (CD) do Corinthians votou as contas apresentadas pela diretoria em relação ao ano de 2024. Após análise do CORI e recomendação de reprovação, os conselheiros formaram maioria e decidiram reprovar o balanço apresentado, por com 130 votos contrários, 73 favoráveis e seis abstenções.
“As contas foram reprovadas, por ampla maioria, e nós vamos fazer aquilo que a lei determina. Nós temos alguns conflitos legais. O estatuto fala uma coisa e a legislação fala outra. Nós temos uma lei nova, que é a Lei Geral do Esporte, que prevê, quando as contas são reprovadas pelo motivo que foi, ou seja, gestão temerária, prevê alguns mecanismos que são diferentes do estatuto, até porque o estatuto não é reformado há muito tempo”, destacou o presidente do CD, Romeu Tuma Jr.
De acordo com o órgão fiscalizador, o passivo do Corinthians aumentou mais de R$ 300 milhões em relação ao fechamento apresentado de 2023. Ou seja, o total dessa quantia chegou ao número de R$ 829 milhões, número considerado alto mesmo com o aumento do faturamento.
A dívida bruta do Corinthians chegou ao montante de R$ 2,5 bilhões, quem inclui R$ 1,8 bilhão em dívidas do clube e outros R$ 668 milhões pelo financiamento da Neo Química Arena. Parte do crescimento da dívida, que subiu cerca de R$ 600 milhões, são herdadas das gestões anteriores, segundo a diretoria atual. A quantia apontada é de R$ 191,2 milhões.
Com a recomendação de gestão temerária, o Corinthians pode passar por um processo de impeachment para saída de Augusto Melo do cargo. O mandatário, contudo, não vê problemas nas contas. “A gente está muito tranquilo, está tudo de boa, está tranquilo. Agora é provar na Ética o que teve os documentos”, disse.