Clube enfrenta dívida bilionária e déficit previsto de R$ 83,3 mi
O Corinthians anunciou a criação de um comitê de planejamento estratégico e reestruturação financeira, em meio a um cenário de dívidas que somam R$ 2,6 bilhões e previsão de déficit de R$ 83,3 milhões ao final de 2025. Segundo o presidente Osmar Stabile, a iniciativa tem como objetivo reforçar a sustentabilidade e o equilíbrio econômico do clube a longo prazo.
O grupo será liderado por André Recoder e Gabriel Diniz Abrão, com a participação de Carlos Roberto de Mello e Heleno Haddad Maluf, e terá atuação direta junto à Presidência e à Diretoria Financeira. O foco é analisar detalhadamente a situação atual do clube, identificar oportunidades de corte de despesas, aumentar receitas e implementar medidas estratégicas para aprimorar a gestão financeira.
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— O planejamento estratégico contemplará uma análise detalhada das atuais condições do clube, definição de metas claras e mensuráveis, além do desenvolvimento de planos de ação que promovam crescimento e eficiência administrativa. Paralelamente, a reestruturação financeira buscará identificar oportunidades de otimização de recursos, ajuste de despesas e incremento de receitas, assegurando a saúde econômica do Corinthians — afirmou Stabile.
Situação econômica do clube
O clube encerrou o primeiro semestre com um déficit de R$ 60,2 milhões, influenciado pelo aumento de quase 30% das despesas. Com o orçamento revisado, a gestão agora projeta um rombo de R$ 83,3 milhões para 2025, revertendo a previsão inicial de superávit de R$ 37,5 milhões. O Conselho Fiscal alertou que, no cenário atual de geração de caixa, a redução do endividamento ainda não é viável.
O total da dívida inclui R$ 1,948 bilhão de responsabilidade direta do clube e R$ 675,2 milhões vinculados ao financiamento da Neo Química Arena pela Caixa Econômica Federal.
Consequências esportivas
Além da situação financeira, o Corinthians lida com restrições no mercado: o time já sofre um transfer ban desde 12 de agosto, devido à dívida de cerca de R$ 40 milhões com o Santos Laguna (México) pela compra de Félix Torres. Um segundo bloqueio está previsto, após o CAS negar recurso do clube e exigir o pagamento de R$ 41,3 milhões a Matías Rojas.
Outras quatro pendências financeiras na Fifa ainda aguardam decisão do CAS:
US$ 4,33 milhões (R$ 23,35 mi) ao Talleres (ARG) pela contratação de Rodrigo Garro;
1,075 milhão de euros (R$ 6,76 mi) ao Shakhtar Donetsk (UCR) pelo empréstimo de Maycon;
US$ 1,5 milhão (R$ 8 mi) ao Philadelphia Union (EUA) pela contratação de José Martínez;
1 milhão de euros (R$ 6,25 mi) ao Midtjylland (DIN) pela compra de Charles.
O comitê deve atuar de forma contínua, avaliando medidas que garantam maior eficiência administrativa e financeira, enquanto o clube enfrenta o desafio de equilibrar suas contas sem comprometer o desempenho dentro de campo.