Corinthians defende tabu histórico em decisões na Neo Química

O confronto entre Corinthians e Cruzeiro, marcado para a noite deste domingo, às 18h, pela partida de volta da semifinal da Copa do Brasil, carrega um peso que vai além da briga por uma vaga na final. O duelo coloca em jogo um dos retrospectos mais sólidos da história recente do torneio quando o Timão decide eliminatórias diante de sua torcida.

Após vencer o primeiro encontro por 1 a 0 no Mineirão, o clube do Parque São Jorge entra em campo com a vantagem do empate. E esse cenário costuma ser decisivo a favor do Corinthians. Desde a criação da Copa do Brasil, em 1989, a equipe jamais foi eliminada em jogos de volta disputados em casa quando precisava apenas igualar o placar para avançar.

Levantamento do perfil Estatísticas Corinthianas aponta que o Timão já passou por essa situação em 15 oportunidades ao longo da competição — e obteve classificação em todas. Quatro delas ocorreram ainda no século passado, com eliminações impostas a CRB, Rio Branco-AC, Vasco e Ubiratan-MS, sempre com atuações dominantes como mandante.

No século XXI, o desempenho seguiu no mesmo caminho. Em 2001 e 2002, o Corinthians repetiu o feito contra equipes como Goiânia, Flamengo-PI, Ponte Preta, River-PI e São Paulo, ano que culminou na conquista do título. Em 2008, o Fortaleza foi mais uma vítima da força alvinegra em casa.

Mesmo em temporadas recentes, a escrita permaneceu intacta. O time avançou contra Luverdense, em 2017, e Ceará, em 2019, além de Novorizontino, Athletico-PR e América-RN entre 2024 e 2025, consolidando a Neo Química Arena como um dos palcos mais difíceis da competição.

Apesar do retrospecto positivo, o Corinthians sabe que terá um desafio duro pela frente. Curiosamente, nas três vezes em que enfrentou clubes mineiros decidindo um mata-mata em casa pela Copa do Brasil, acabou eliminado. Ainda assim, a vantagem construída no primeiro jogo e a força histórica como mandante alimentam a confiança alvinegra para mais um capítulo decisivo diante da Fiel.