Acordo verbal com o Shakhtar prevê contrato até o fim de 2027
Foto: Andre Pera/Pera Photo O Corinthians avançou de forma decisiva para manter Maycon em definitivo. Emprestado pelo Shakhtar Donetsk desde 2022, o meio-campista tem um acordo verbal encaminhado para seguir no clube do Parque São Jorge após o término do atual vínculo, que se encerra nesta quarta-feira, 31 de dezembro.
As negociações haviam evoluído nas últimas semanas, mas sofreram uma pausa por conta da mudança no comando do departamento de futebol. Com a saída de Fabinho Soldado e a chegada de Marcelo Paz, as tratativas foram retomadas e finalizadas nos moldes atuais. A permanência do jogador é um pedido direto do técnico Dorival Júnior, que considera Maycon peça-chave do elenco e liderança interna.
O novo contrato terá validade até o fim de 2027, prazo menor do que o inicialmente discutido, que previa vínculo até 2028. Com o acerto entre as partes, o documento já está em fase de redação.
O Shakhtar concordou em liberar o atleta sem custos imediatos, mantendo, porém, 50% dos direitos econômicos em uma futura negociação. A possibilidade de um novo empréstimo chegou a ser debatida, mas não agradava ao jogador, que buscava estabilidade contratual e não tinha interesse em retornar à Ucrânia, em razão do conflito com a Rússia.
Mesmo com uma dívida aproximada de 1 milhão de euros referente a empréstimos anteriores, a pendência não impediu o avanço do negócio. O valor segue sendo tratado separadamente, inclusive com um recurso do Corinthians ainda em análise na Corte Arbitral do Esporte (CAS), após condenação da Fifa em fevereiro.
Cria da base alvinegra, Maycon soma 248 partidas e 18 gols pelo clube. No currículo, acumula títulos importantes: três Campeonatos Paulistas (2017, 2018 e 2025), o Brasileirão de 2017 e a Copa do Brasil de 2025.
Paralelamente à negociação, a diretoria trabalha para resolver entraves financeiros que resultaram em transfer bans. Um deles envolve uma dívida de R$ 40 milhões com o Santos Laguna, enquanto outro, aplicado pela CNRD da CBF, refere-se ao atraso no pagamento de parcelas de um acordo que totaliza R$ 76 milhões.