Em meio à turbulência política e à disputa pelo comando do clube, a nova gestão do Corinthians conseguiu quitar nos últimos dias parcelas atrasadas de dívidas tributárias. A medida foi essencial para evitar a exclusão do clube de programas de parcelamento, o que poderia resultar na execução imediata de parte da dívida com a União.
A informação foi publicada pelo jornalista Rodrigo Mattos, do UOL. Segundo ele, o Corinthians é atualmente o clube com a maior dívida tributária do futebol brasileiro, com aproximadamente R$ 700 milhões em impostos parcelados. Parte significativa desse montante está enquadrada em programas como o Profut, lançado em 2015, e o Perse, criado em 2021 para o setor de eventos durante a pandemia.
Logo após assumir interinamente o comando do clube, em substituição ao presidente afastado Augusto Melo, Osmar Stabile revelou que o Corinthians deixou de pagar duas parcelas do Profut. A legislação determina que, em caso de reincidência, o governo exclui a entidade do parcelamento e pode executar uma dívida de cerca de R$ 130 milhões.
Com o pagamento das parcelas em atraso, o clube regularizou a situação no Profut e no Perse. No entanto, a diretoria ainda enfrenta um cenário financeiro preocupante. De acordo com a apuração de Rodrigo Mattos, os dirigentes identificaram pouco dinheiro em caixa e seguem avaliando os principais gargalos econômicos do clube.
Além das dívidas tributárias, as maiores ameaças atualmente vêm de pendências com a Fifa, que podem gerar punições como o transfer ban, e de despesas operacionais recorrentes, que prejudicam diretamente o funcionamento do clube e afetam o ambiente no elenco profissional.
Embora significativa, a regularização parcial dos tributos representa apenas um primeiro passo em meio a um cenário de incertezas dentro e fora de campo.