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Corinthians fecha semestre no vermelho e eleva dívida

Déficit de R$ 60 milhões e despesas acima do previsto elevam dívida do clube a R$ 2,6 bilhões

Por: Pedro César Lélis
9 horas atrás em 11 de setembro de 2025
Osmar Stabile / Corinthians TV


O Corinthians terminou o primeiro semestre de 2025 com déficit de R$ 60,227 milhões, resultado do aumento expressivo das despesas em relação ao orçamento previsto. Considerando o financiamento da Neo Química Arena, o clube acumula uma dívida total de R$ 2,623 bilhões.



Receitas, despesas e impacto no orçamento


O período contabilizado inclui as gestões de Augusto Melo, que sofreu impeachment, e Osmar Stabile, que assumiu interinamente em maio e depois em definitivo em agosto. Entre janeiro e junho, o clube registrou receitas líquidas de R$ 380,031 milhões, levemente abaixo da previsão de R$ 381,284 milhões. Já as despesas líquidas somaram R$ 424,872 milhões, 29% acima dos R$ 329,315 milhões planejados. Com destaque para os gastos com pessoal, que atingiram R$ 298,615 milhões, 36,26% acima do previsto. Esses valores incluem salários de atletas e funcionários, direitos de imagem e encargos trabalhistas.


Apesar do déficit, o Corinthians apresentou superávit operacional de R$ 28,817 milhões, considerando receitas e despesas operacionais. No entanto, após o impacto das despesas financeiras, o semestre fechou negativo. Bem abaixo do superávit de R$ 2,349 milhões projetado no orçamento elaborado ainda na gestão de Melo.



Dívida bilionária em crescimento


O endividamento segue em alta: em 2023, a dívida era de R$ 1,9 bilhão, subiu para R$ 2,5 bilhões ao final de 2024 e alcançou R$ 2,6 bilhões na primeira metade de 2025. O total devedor é de R$ 1,948 bilhão, que somado aos R$ 675,2 milhões referentes ao financiamento da Neo Química Arena chega a R$ 2,623 bilhões.



Atrasos e revisões


O atraso na divulgação dos balancetes ocorreu devido a questionamentos do Conselho de Orientação (Cori) sobre os números do primeiro bimestre da gestão de Melo e à turbulência política que resultou no impeachment da presidência. Na última segunda-feira, os balancetes revisados foram apresentados ao Cori, junto com a revisão do orçamento de 2025, que ainda não foi tornada pública.