Timão planeja quitar pendências com Santos Laguna e Matías Rojas até dezembro para encerrar 2025 sem restrições da Fifa e abrir 2026 apto a registrar reforços
O Corinthians vive uma corrida contra o tempo para equilibrar as contas e evitar que 2026 comece com restrições nas inscrições de novos jogadores. A diretoria alvinegra pretende liquidar as principais dívidas de transfer ban até dezembro, período em que o clube espera receber um volume maior de receitas.
Atualmente, o Timão está impedido de registrar atletas por conta da dívida de mais de R$ 40 milhões com o Santos Laguna, do México, referente à compra do zagueiro Félix Torres. O bloqueio foi imposto pela Fifa em 12 de agosto.
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Além disso, o clube corre o risco de sofrer uma nova punição no próximo mês, caso não quite ou não chegue a um acordo com o paraguaio Matías Rojas, que cobra R$ 41,3 milhões após a rescisão do contrato por falta de pagamento.
A diretoria, comandada por Osmar Stabile, enfrenta um cenário de forte pressão financeira. Sem recursos imediatos, o Corinthians vem priorizando o pagamento das dívidas de forma escalonada, começando pelas mais urgentes. A expectativa é resolver a pendência com o Santos Laguna e, se possível, também a de Rojas no último mês do ano, antes da abertura da janela de transferências (5 de janeiro a 3 de março de 2026).
No entanto, o desafio é maior do que parece. Outras quatro condenações ainda tramitam no CAS (Corte Arbitral do Esporte) e podem ampliar o passivo do clube nos próximos meses. Somadas, as seis ações já conhecidas chegam a R$ 125,6 milhões, valor que pode variar por conta de juros e da oscilação cambial, já que boa parte das dívidas é em dólar e euro.
Com as restrições impostas, o Corinthians teve dificuldades para reforçar o elenco em 2025 e só conseguiu inscrever o atacante Vitinho antes do bloqueio. O técnico Dorival Júnior havia solicitado quatro reforços, mas apenas um foi confirmado.
A indefinição financeira também coloca em risco a permanência de nomes importantes. Fabrizio Angileri, Talles Magno, Ángel Romero e Maycon têm contratos até 31 de dezembro, e apenas Angileri negocia renovação. Maycon, por sua vez, já indicou que pode deixar o clube.
Com dívidas espalhadas em diferentes países e moedas, o Corinthians tenta reorganizar sua política financeira para não repetir em 2026 o cenário de bloqueios e limitações no mercado. A meta da diretoria é simples, mas desafiadora: fechar o ano com as portas abertas na Fifa e o caixa menos pressionado.