O Corinthians divulgou, nesta quinta-feira, uma nota oficial criticando duramente a saída do atacante Kauê Furquim, de 16 anos, para o Bahia. O clube baiano pagou a multa rescisória de R$ 14 milhões para contratar o jogador, valor calculado de acordo com a legislação nacional, duas mil vezes o salário do atleta.
A diretoria alvinegra disse que o Bahia não a comunicou previamente sobre o interesse no atleta. Além disso, acusou o clube de aliciá-lo e, diante dessa situação, rompeu imediatamente qualquer relação institucional com o City Football Group (CFG), que, por sua vez, administra a equipe soteropolitana e também o Manchester City.
Profetize na BetNacional! Clique aqui e use o código TUDOSOBREPAULISTA.
Kauê assinou seu primeiro contrato profissional com o Corinthians em abril deste ano. O clube fixou a multa para transferências internacionais em 50 milhões de euros (cerca de R$ 330 milhões), mas, para negociações no Brasil, aplicou um valor consideravelmente menor.
O Timão estuda acionar a CBF e a Fifa para investigar o Bahia por suposta “transferência-ponte”, prática em que um clube negocia um jogador com um intermediário antes de transferi-lo para o destino final. Na nota, o Corinthians chamou o clube baiano de “mero intermediador de negócios” e repudiou a “prática nefasta de subtração de talentos jovens do futebol nacional”.
“O Sport Club Corinthians Paulista, ao longo de sua centenária história, tem como um de seus valores o respeito para com as instituições de relevância esportiva e cultural, sejam elas do Brasil ou do exterior.
Repudiamos, veementemente, o aliciamento ilícito e imoral do jogador Kauê Furquim, formado nas categorias de base do Corinthians, em trama envolvendo o City Football Group e o Esporte Clube Bahia.
Em nenhum momento o Corinthians foi comunicado sobre o interesse na negociação do jogador. Estudaremos os caminhos jurídicos necessários e possíveis para punir os responsáveis e apelaremos à CBF e à FIFA para que a justiça seja feita.
A estratégia retoma mais um ato daquela antiga e nefasta prática da subtração de talentos, ainda muito jovens, do futebol nacional, levando-os a preço vil para mercados externos, reduzindo o Bahia a um mero intermediador de negócios.
Reforçamos, mais uma vez, nosso repúdio aos envolvidos, rompendo por completo qualquer relação institucional com o Esporte Clube Bahia e o City Football Group.”