Corinthians transforma bola aérea em arma com Dorival

O Corinthians vive um novo momento defensivo e ofensivo sob o comando de Dorival Júnior. Um dos principais problemas da equipe no início da temporada, as bolas aéreas, deixou de ser um tormento e passou a ser uma das forças do time, tanto na defesa quanto no ataque.

Dorival corrige falhas e transforma estratégia

Até abril, ainda com Ramón Díaz no comando, cerca de 40% dos gols sofridos pelo Timão vinham de jogadas pelo alto. Além disso, o time mal conseguia aproveitar sua estatura ofensiva para marcar. A fragilidade em bolas paradas limitava a equipe dos dois lados do campo.

Em pouco mais de dois meses, Dorival Júnior não apenas corrigiu essa deficiência defensiva como incorporou a bola aérea ao repertório ofensivo. A transformação ficou evidente nos dois confrontos diante do Palmeiras, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

Na partida de ida, na Neo Química Arena, Memphis Depay abriu o placar com um gol de cabeça após jogada aérea bem trabalhada. Já no clássico da volta, no Allianz Parque, o Corinthians venceu por 2 a 0, com ambos os gols saindo em lances de bola parada: Matheus Bidu marcou após rebote de escanteio e Gustavo Henrique selou o resultado em cabeçada certeira após cobrança de falta de Rodrigo Garro.

“Destravamos a partida”, diz Dorival

Após o clássico, Dorival celebrou a evolução da equipe e destacou o impacto direto da bola parada no desempenho recente:

"Foram dois gols de bola parada que fizeram com que destravássemos a partida. Fico muito feliz. É um momento muito difícil que estamos atravessando, o Corinthians vivendo um momento complicado. Lá dentro estamos resolvendo tudo com os atletas que estão integrados, buscando estarem muito próximos, juntos, para que possamos encontrar um caminho e uma solução", disse o técnico.

Gustavo Henrique exalta trabalho nos treinos

Autor do segundo gol contra o Palmeiras, o zagueiro Gustavo Henrique elogiou o trabalho coletivo e revelou o foco nos treinos:

"A gente trabalhou muito, não só a bola parada, mas todas as zonas do jogo. Defensivamente, como a gente ia pressionar, também treinamos bastante bola parada. No treino, conseguimos implantar o que queríamos, finalizamos bastante e fizemos muitos gols. Graças a Deus, no jogo isso deu um bom resultado. É uma partida que vai ficar na história do clube e marcada para mim também."

De dor de cabeça a diferencial

A solidez defensiva e a efetividade ofensiva nas bolas paradas mostram que o Corinthians encontrou equilíbrio. O que antes era uma fraqueza, agora se tornou uma das principais armas da equipe na busca por títulos, reflexo direto do trabalho minucioso de Dorival e sua comissão técnica.