Atrasos salariais resultam em baixas no elenco, ampliam instabilidade interna e colocam diretoria sob pressão às vésperas da nova temporada
Foto: Marcos RibolliApesar da recente conquista do título da Série C, a situação interna da Ponte Preta ainda enfrenta desafios econômicos que afetam a montagem do time.
Recentemente, as saídas de Léo Oliveira e Gabriel Inocêncio evidenciaram a dificuldade da diretoria em quitar dívidas salariais antigas. Essas perdas ocorreram no início da preparação para a nova temporada e aumentaram a apreensão de jogadores, equipe técnica e demais funcionários.
Os atrasos nos salários não são novidade. Desde junho, o grupo de atletas tem lidado com bloqueios judiciais que prejudicam as finanças do clube. Alguns jogadores não recebem há cinco meses, e outros profissionais do futebol e das categorias de base enfrentam atrasos ainda maiores.
Essa incerteza atinge também os funcionários do clube. Muitos que trabalham no CT do Jardim Eulina e no estádio Moisés Lucarelli tiveram atrasos em dezembro, incluindo o não pagamento do décimo terceiro salário.
Existe um temor crescente de que mais jogadores deixem o time se a situação não melhorar em breve. Até agora, não foi anunciada uma data para regularizar os pagamentos pendentes.
A situação financeira complexa envolve também questões legais. Estimativas anteriores de representantes jurídicos da Ponte indicam que a dívida total do clube é de aproximadamente R$ 450 milhões, com cerca de R$ 190 milhões já em processo de execução.