O treinador Thiago Carpini falou com a imprensa após a partida entre São Paulo e Novorizontino que resultou na eliminação do tricolor no Morumbis. O técnico de 39 anos, que chegou a ouvir gritos de “burro” do torcedor, respondeu perguntas sobre a sua atual situação e o seu futuro no SPFC, assim como sobre o elenco, contratações e outros assuntos.
– “Entendemos a frustração do torcedor, que é a mesma que a nossa e de todos no vestiário. É só o começo do trabalho. Tivemos dois meses com altos e baixos já. A eliminação é dura, o torcedor fez sua parte, mas não conseguimos o objetivo, que era o de todos nós. As decisões importantes estão apenas começando. Tirando o que ocorreu hoje, não acho que tenhamos um saldo negativo.
Hoje não tivemos Calleri, perdemos o Ferreira. Isso tem sido rotina, mas entendo as críticas. É a profissão que eu escolhi, preciso lidar com isso. Não era a maneira que eu gostaria de me despedir do Estadual, mas é só o início do trabalho. Há muitos ajustes a serem feitos e vamos seguir.” – completou.
– “Em relação aos pênaltis, nós temos um relatório do que trabalhamos na semana com o percentual de cada um, mas no dia a gente também ouve o feedback do atleta, por estar seguro ou não, e temos que levar isso em conta também, se o atleta está à vontade ou não. (Ele não pediu para não bater). Só que outros atletas se manifestaram antes sobre bater, esperamos a manifestação dos atletas e seguimos assim. Gostaria de exaltar a personalidade do Diego, que quis bater. Erramos todos e caímos de pé, convictos com o que foi feito.”
– “Claro que ter o respaldo dos atletas dá mais tranquilidade, mas eu sei disso independentemente de hoje, sei do apoio deles. Sei que voltaremos aqui em outro momento melhor, com perguntas diferentes. Estou tranquilo e seguro. A minha responsabilidade é essa. Não é pressão de deixar ou não o cargo, eu me sinto confiante e confortável, não cheguei aqui à toa. Venho construindo isso, que bom que tive essa oportunidade, e vou valorizar os momentos de vitória.”
– “Eu não quis tirar a profundidade com a saída do Ferreira. O Erick continuaria dando essa profundidade, com leveza. Gostaria de ter feito as mexidas no segundo tempo um pouco antes, mas eu só tinha mais duas mexidas e precisei postergá-las. Depois, queria mais ofensividade, com Michel fazendo a ala. Terminamos o jogo com um time ofensivo e capacitado.”
– “O Novorizontino nem no início da temporada era uma surpresa para mim, enfrentei eles na Série B. Sabia muito bem o que enfrentaríamos. O que mais me agradou foi ser vertical, transitar o tempo todo, retomar o controle de um padrão bem definido com a volta do Rafinha. Mas com as ausências do Rato e do Calleri eu tentei espaçar mais a equipe, os alas deles vinham combater e abrimos mais espaços para o Lucas e o Ferreira.”
– “Hoje o substituto do Welington é o Patryck, gostei quando ele atuou, muda a característica. Se surgir uma oportunidade de mercado e que caiba no planejamento do clube, vamos buscar, pois o Welington está sendo sobrecarregado. O Sabino ajuda para opções a serem criadas. Nós temos jogadores com características para utilizá-lo em linha de cinco também, mas esses ajustes serão feitos ao longo da temporada.”
O São Paulo segue como um dos principais times brasileiros na briga pelos campeonatos mais importantes na temporada, Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores.