Segundo apuração do UOL, o Corinthians enfrenta um colapso financeiro e terá que desembolsar mais de R$ 8 milhões em compromissos no prazo de uma semana. O problema: o clube dispõe de apenas R$ 5 milhões em caixa e não tem previsão imediata de novas receitas.
Dívidas pressionam início da nova gestão
A nova diretoria, liderada por Osmar Stabile, que assumiu o comando interinamente após o impeachment de Augusto Melo, já enfrenta um cenário crítico. O departamento financeiro descreve a situação como uma “terra arrasada”, com o “caixa estrangulado”.
Entre os compromissos mais urgentes estão valores referentes à rescisão contratual de Ramón Díaz, parcelas da negociação de Pedro Raul com o Toluca, do México, e dívidas em atraso com o Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro).
Risco de transfer ban e exclusão do Profut
O Corinthians assumiu uma dívida de cerca de R$ 7 milhões ao rescindir o contrato com Ramón Díaz. Mesmo após parcelar o valor, o clube precisa quitar uma parte dessa quantia nos próximos dias. Se não efetuar o pagamento, o Corinthians pode sofrer um transfer ban e perder o direito de registrar novos jogadores.
Na negociação por Pedro Raul, o Corinthians comprou o atacante por US$ 5 milhões (cerca de R$ 25 milhões à época), divididos em quatro parcelas. Agora, uma dessas prestações vence e pressiona ainda mais o já comprometido caixa do clube.
O Timão também acumula duas parcelas em atraso no Profut, cada uma no valor de R$ 2,8 milhões. Caso atrase uma terceira, o Corinthians pode ser excluído do programa, que concede benefícios fiscais aos clubes que cumprem os compromissos previstos.
Stabile tenta ganhar tempo
Diante do quadro, Osmar Stabile corre contra o tempo para encontrar soluções emergenciais. A missão, porém, é complexa: sem fluxo de caixa e com obrigações de curto prazo, a nova gestão tenta evitar que a crise financeira se reflita diretamente em sanções esportivas e institucionais.
A urgência financeira expõe ainda mais os efeitos da instabilidade política no clube e amplia o desafio da nova diretoria para reequilibrar as contas em meio à temporada.