A instabilidade política e financeira do Corinthians segue afetando diretamente o trabalho de Dorival Júnior. Em entrevista recente, o treinador expôs os entraves que têm impedido o clube de se reforçar e revelou como tem lidado com um elenco curto, apostando na base enquanto espera por soluções concretas da diretoria.
Desde abril, quando assumiu o time, Dorival pediu ao menos quatro contratações, mas a diretoria não efetivou nenhuma até agora, em meio à turbulência nos bastidores com a saída de Augusto Melo e a chegada de Osmar Stabile à presidência.
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“É natural que nós tivemos muitas dificuldades em razão dessas mudanças todas que vocês estão acompanhando em relação ao clube do presidente Augusto (Melo), a vinda do Osmar (Stabile), que neste momento está à frente da equipe e que está procurando desenvolver também; dar sequência a essas possíveis contratações. Porém elas (as contratações) ficaram um tempo paradas, em razão justamente desse problema que nós tivemos”, explicou Dorival.
Diante do bloqueio nas negociações, o treinador tem buscado alternativas internas. Gui Negão, por exemplo, é um dos jovens que passou a ganhar espaço, em um movimento que reflete a necessidade de respostas rápidas sem grandes custos.
“O Fabinho está trabalhando incessantemente para que alcancemos alguns nomes. Perdemos alguns aí no meio do caminho, razão dessa espera que nós tivemos. Mas nós temos que passar ao nosso torcedor a certeza daquilo que vai acontecer. Espero que em cima disso nós tenhamos partindo da nossa condição de podermos esclarecer esse fato rapidamente. E buscamos a manutenção do trabalho com esses jovens (como Gui Negão), até porque eles precisam de um amadurecimento e é muito difícil você tê-los em totais condições num campeonato tão pesado e tão difícil como o de hoje”, destacou o técnico.
Até o momento, apenas Fabrizio Angileri foi contratado pelo clube em 2025. Outros nomes, como o atacante Carlos Vinícius, chegaram a ser discutidos, mas o avanço das tratativas esbarra na indefinição orçamentária e administrativa.
Dorival, por sua vez, reforça o compromisso com os jogadores que já estão à disposição e mantém o discurso de honestidade com o torcedor.
“Porque o mais importante é nós focarmos o trabalho em cima daqueles que aqui estão, aguardando as possibilidades que existam, mas acima de tudo sendo leal com o nosso torcedor, que é o mais importante.”
Enquanto o Corinthians tenta reorganizar os bastidores e lidar com limitações financeiras severas, Dorival segue o desafio de manter o time competitivo. A aposta nos jovens e o aproveitamento do elenco atual são, por ora, os únicos caminhos possíveis. A expectativa é que, com a estabilização política, os reforços voltem à pauta com mais força, mas sem previsão de quando isso deve acontecer.