Eduardo Baptista, técnico do Novorizontino, expressou sua insatisfação com a atitude do zagueiro Patrick, que demonstrou descontentamento ao ser substituído durante a derrota para o Ceará, na última sexta-feira (10).
Com a equipe em desvantagem em casa, o treinador optou por alterar a tática, deixando de jogar com três zagueiros e substituindo Patrick pelo atacante, Fabrício Daniel, aos 33 minutos do primeiro tempo. A reação do jogador ao deixar o campo foi evidente, e Baptista comentou o ocorrido após o jogo.
“Eu tenho que tomar decisões. Sempre respeito os atletas e exijo respeito. Aqui, trato-os como trato meus filhos. Se preciso repreender, faço isso no vestiário, sem expor ninguém. Não consigo agradar a todos. Tomo decisões, tenho grandes jogadores, mas o mínimo que espero é respeito. Isso é inegociável. A decisão é minha, a escalação é minha, e os jogadores devem acatar e executar o que é pedido. Estou no Novorizontino há um ano e meio, e sempre foi assim, continuará sendo. Respeito muito a todos, e a falta de respeito me incomoda profundamente”, afirmou.
O comandante admitiu que sua equipe não começou bem a partida, mas notou uma melhora após a substituição feita ainda no primeiro tempo. Ele elogiou o volume de jogo do time, porém, reconheceu a necessidade de possíveis mudanças no time titular para a próxima rodada.
“A partida não começou como esperávamos, foi uma noite em que as coisas não fluíram para nós. O jogo começou bastante disputado, tentamos reagir. Infelizmente, eles marcaram cedo, tentamos buscar o empate, fizemos alterações, e a entrada do Fabrício proporcionou um volume maior de jogo. Estávamos muito dependentes da bola longa. Criamos oportunidades, poderíamos ter empatado no primeiro tempo.”
“No segundo tempo, voltamos a criar oportunidades, mas a eficiência do Ceará fez a diferença. Eles foram eficazes nas poucas oportunidades que tiveram. Nós também tivemos nossas chances, mas não conseguimos converter em gol, o que tornou as coisas mais difíceis. No entanto, a equipe não deixou de lutar, de criar. Tivemos várias oportunidades para mudar o placar. Agora, é trabalhar com calma e, na terça-feira, montar a melhor equipe possível para enfrentar o Vila Nova.”
O técnico do Novorizontino também analisou a perda de pontos em casa e ressaltou a importância de recuperá-los o mais rápido possível jogando fora.
“Perder pontos em casa é sempre ruim. O campeonato está apenas começando, mas precisamos nos recuperar e buscar pontos fora de casa o quanto antes. Como já vencemos fora, perdemos uma oportunidade importante. Precisamos pontuar sempre em casa. Infelizmente, não conseguimos, perdemos para uma grande equipe que foi mais eficiente. Agora, é trabalhar e tentar recuperar esses pontos fora de casa.”
O Novorizontino, atualmente em nono lugar na Série B com seis pontos, volta a campo na terça-feira (14), às 19h, para enfrentar o Vila Nova no estádio OBA, em Goiânia, pela quinta rodada do campeonato.