Na penúltima curva da Série B, o Guarani vê o sonho do acesso à elite do futebol brasileiro se tornar mais distante. A equipe de Campinas, que em outros tempos demonstrou força e potencial para subir, agora atravessa um período turbulento, com cinco jogos sem saborear a vitória. A igualdade sem gols diante do Londrina, uma equipe que luta contra o rebaixamento, foi um reflexo do esgotamento que o Guarani enfrenta nos instantes em que a resistência e o poder de decisão são mais exigidos.
A noite de sexta-feira no Estádio do Café expôs as fragilidades de um elenco que, até então, mantinha-se como protagonista na disputa pelo acesso. A incapacidade de balançar as redes pelo quarto jogo consecutivo traduz um problema que vai além do físico, indicando um esvaziamento técnico e emocional justamente quando a competição clama por resiliência.
Com a projeção de terminar a 35ª rodada a quatro pontos do G-4 e apenas mais três jogos pela frente, o Guarani não tem outra escolha senão recuperar o fôlego e reavivar a chama da esperança. Os desempenhos individuais, antes notáveis, agora são motivo de preocupação — jogadores como Bruninho, João Victor e Derek parecem sombras de suas versões mais eficazes.
O técnico Umberto Louzer ainda tenta encontrar a formula que recoloque o Bugre no trilho das vitórias, ajustando a equipe no intervalo contra o Londrina, mas as alterações não foram suficientes para reverter a maré de resultados insatisfatórios. As expulsões, os lances perigosos não concretizados e a ineficiência ofensiva destacam o quadro de um time que parece ter perdido a identidade vitoriosa que outrora possuía.
Restam ao Guarani três batalhas — contra Criciúma, ABC e Atlético-GO — para definir seu destino. A questão que se impõe é qual versão do Bugre entrará em campo: a que inspirou a fé no acesso ou a que agora luta contra o espectro do fracasso? A torcida espera, ansiosa por uma reviravolta, que seus guerreiros em verde e branco possam reacender a magia que os colocou nessa jornada rumo à Série A.