Erros repetidos culminaram na queda da Ferrinha para Série C

Mesmo com momentos de reação e breve saída da zona de risco, a Ferroviária não conseguiu corrigir falhas estruturais e terminou rebaixada após nova sequência de instabilidade

Por: Neila Gonçalves
11 horas atrás em 25 de novembro de 2025
Foto: Divulgação/Ferroviária



No último domingo, 23 de novembro, diante do Operário, a Ferroviária deixou escapar um resultado importante após fazer um bom primeiro tempo e ir para o intervalo em vantagem. Apesar das oportunidades criadas na etapa inicial e do golaço marcado por Netinho, o time não conseguiu sustentar o ritmo na volta do vestiário e acabou sofrendo a virada diante dos donos da casa.





No gol, Dênis Júnior realizou defesas importantes e evitou que o placar fosse ainda mais negativo, mas a falta de solidez coletiva pesou. A defesa teve dificuldades durante todo o jogo. Lucas Rodrigues cometeu muitas faltas e contribuiu pouco no apoio; Gustavo Medina foi mais seguro pelo alto, mas não conseguiu conter a pressão adversária; Erik também teve atuação apagada. O único que se destacou no setor foi Zé Mário, que serviu como válvula de escape no ataque e criou chances perigosas.





No meio-campo, a Ferroviária apresentou oscilações. Ricardinho foi participativo nos primeiros 45 minutos, mas caiu de rendimento no segundo tempo e acabou substituído. Alencar teve atuação discreta e perdeu espaço na criação. Thiago Lopes e Albano entraram para tentar reconstruir o setor, mas não conseguiram alterar o cenário. O destaque ficou por conta de Netinho, autor de um belo gol e jogador mais visado pelos marcadores — a equipe sentiu quando o Operário ajustou a marcação sobre ele.





No ataque, as dificuldades ficaram ainda mais evidentes. Fabrício Daniel não conseguiu produzir e saiu no início do segundo tempo. Vitor Barreto fez bom primeiro tempo, enquanto Carlão tentou ser presença na área quando acionado, mas não teve chances claras. Fábio Fau e Ronaldo também entraram na etapa final, mas não conseguiram mudar a dinâmica ofensiva.





No banco, o técnico Daniel Azambuja viu sua equipe perder intensidade após o intervalo. A Ferroviária recuou as linhas, deu espaço ao Operário e teve dificuldades para criar com as mudanças, o que acabou facilitando a reação adversária.





A derrota evidenciou problemas que se repetiram ao longo da temporada: instabilidade defensiva, quedas de desempenho após o intervalo e dificuldade em reagir a ajustes dos adversários. Embora tenha ficado por pouco tempo na zona de risco, a Ferroviária acumulou erros que pesaram no momento decisivo e acabou confirmando o rebaixamento para a Série C em 2026. O jogo contra o Operário simboliza bem o ano da Locomotiva — um time capaz de competir, mas que não conseguiu sustentar ritmo, corrigir falhas recorrentes e entregar constância ao longo dos 90 minutos.