No segundo episódio do TSP Especial, nosso programa de entrevistas no YouTube, os especialistas do portal receberam Guilherme Alves, ex-atacante e treinador campeão da Série A2 do Campeonato Paulista pelo Velo Clube em 2024. Marcelo Bezerra, Thiago Barbalho e Gabriel Turolla tiveram um grande bate-papo com o ídolo do Atlético Mineiro, abordando o título estadual, sua passagem pelo Água Santa na Série D, a preparação para o Paulistão do ano que vem e muito mais. Durante a semana, você confere detalhes da entrevista aqui no Tudo Sobre Paulista!
A entrevista
Um dos primeiros assuntos do programa foram dificuldades que o Velo, clube de menor orçamento e expressão, enfrenta com o acesso para a Série A1. Para a grande mudança de patamar entre as competições, o treinador enxerga a reformulação do elenco como algo primordial:
“Eu acho que o grande segredo é a montagem. Nós estamos percorrendo vários estádios aí :Brasileiro da série C, Brasileiro da série D também, assistir in loco. Na série C também percorremos, série B nós estamos assistindo também, acompanhando, tentando sair antes do mercado.”
Ainda sobre o plantel, Guilherme afirmou que os valores do futebol estão altos e qual sua relação com a sustentabilidade dos times do interior. Segue a reflexão:
“O grande problema na verdade não é nem que a receita seja a menor, o grande problema hoje é que o futebol ficou caro. Futebol ficou muito caro, mas muito caro mesmo. Você chega num nível de Paulistão aí você vai atrás de atletas de série C, de série B, os salários são assim muito altos”. – em tom de critica, fez uma previsão dura de encarar para os clubes menores do estado – “Eu acho que daqui a cinco anos não vai bastar mais os times do interior estarem somente no Paulistão, não. Se não tiverem um brasileiro no segundo semestre, também não vão se tornar clubes viáveis. É óbvio que você chegando no Paulistão, as coisas ficam mais viáveis para você chegar num brasileiro, isso é óbvio, mas aquele pensamento que nós tínhamos há muitos anos atrás, ah, chegou no Paulistão da Série A, se manteve, tá tudo certo, não. Não é mais assim, não é mais assim. “
O fato de não disputar nenhuma divisão do Campeonato Brasileiro tem duas desvantagens. Primeiro, em relação ao ganho financeiro, já que a CBF dá um incentivo aos clubes participantes, fora as premiações pelo desempenho, direitos de imagem, maior atendência aos estádios, etc. Segundo, as divisões maiores do Brasileirão são vitrines muito atraentes para os jogadores, que muitas vezes optam por assinar com uma equipe no campeonato estadual, visando a disputa do nacional no 2º semestre, com segurança maior. Segundo o técnico, o Noroeste, que também não joga o Brasileiro, mas joga a elite paulista, deve passar pela mesma dificuldade na montagem do elenco.
Por fim, o comandante falou sobre a reapresentação dos seus atletas no mês que vem com uma mensagem, “o sarrafo subiu”:
“Eles vão se apresentar como todos no dia 17 de novembro, né? Todos não, os que estão jogando no brasileiro se apresentam só em dezembro. Mas nós temos um grande número de atletas que vão se apresentar no 17 de novembro, eles sabem que a disputa agora é outra. O sarrafo subiu e não adianta, o sarrafo sobe mesmo, isso é bom para eles, isso é bom para o clube. A pré-temporada vai ser o divisor de águas de todo mundo ali e todos eles saem em condições iguais para poder jogar ou não jogar, mas é óbvio, é óbvio que o sarrafo subiu bastante.”
Apesar dos seus 114 anos de história, é apenas a 2ª participação do Velo Clube na Série A1 – a outra vez foi em 1979. Mais detalhes sobre a nossa conversa mais que especial com Guilherme Alves estarão no nosso portal em breve, fique ligado! Segue a entrevista na íntegra:
