Após anos de casa, treinador encerrou ciclo no DB entregando uma das melhores primeiras fases da A3 e abriu caminho para voos maiores na temporada 2025
Foto: Honae PereiraDepois de um longo período à frente do projeto do Desportivo Brasil, Fábio Toth admite que 2025 foi o ano em que, enfim, precisou cortar o “cordão umbilical”. Foram temporadas acumulando funções, vivências e evoluções dentro do clube de Porto Feliz — e, justamente na temporada que marcaria sua saída, ele entregou sua melhor largada. Sob seu comando, o DB encerrou a primeira fase da Série A3 em 3º lugar, com 25 pontos, igualando o feito de 2019 e registrando o melhor início em seis anos.
Toth olha para aquele começo como um marco pessoal. A pré-temporada na China, que abriu o ano, fortaleceu a equipe e ajustou processos. “A pré-temporada na China foi muito importante para identificar características individuais e acelerar processos”, relembrou na entrevista ao TSP Exclusiva. O time voltou ao Brasil com consciência e leitura tática apuradas, algo que se refletiu no desempenho inicial mesmo diante de dificuldades naturais de calendário, clima e logística.
O treinador também destaca o nível técnico e o entendimento rápido do elenco. “A gente fez a melhor campanha nossa na fase de classificação. Tivemos um bom time, com um bom futebol”, afirmou. Para ele, esse início não foi apenas um resultado esportivo: representou a confirmação de um ciclo completo dentro do clube. Foi a última peça que faltava antes de dar um passo além, encerrando a relação com o DB de forma alta e simbólica.

Ao encerrar esse ciclo no Desportivo Brasil, Toth abriu caminho para novos desafios — primeiro no Rio Branco durante a Copa Paulista e, depois, para a chegada ao Avaí, onde terminaria 2025 em alta integrando a comissão de Vinícius Bergantin. Mas entre críticas, elogios e recomeços, ele faz questão de sublinhar que o ponto mais simbólico do seu ano foi justamente o início da A3. Foi ali que seu trabalho atingiu a maturidade necessária para o próximo salto.
O corte do laço com o DB não foi ruptura amarga — foi evolução natural. E a campanha de 2025, marcada por organização, desempenho e identidade, selou um encerramento digno de um ciclo longo, firme e construído passo a passo. Um fechamento alto que, na visão do próprio treinador, deu a ele o impulso necessário para buscar objetivos maiores em 2026.