Em uma entrevista exclusiva para o quadro Exclusiva TSP no YouTube, o atacante Felipe Azevedo, do São Bernardo, compartilhou sua trajetória no futebol e destacou momentos importantes de sua carreira. Felipe, que passou por grandes clubes do futebol paulista, incluindo XV de Piracicaba, Ituano, Paulista de Jundiaí e Ponte Preta, falou sobre sua experiência no Paulistão Série A1, a rivalidade com outros clubes e os desafios que enfrentou ao longo dos anos.
Sobre o começo de carreira e o nível do Campeonato Paulista
Felipe Azevedo relembrou o início de sua carreira e a percepção do nível competitivo do Campeonato Paulista.
“Eu comecei aqui no interior paulista, comecei no XV de Piracicaba. Depois passei por outros clubes, como o Ituano, o Paulista de Jundiaí. E sempre soube da força do Campeonato Paulista. Joguei pela Ponte Preta também, o Campeonato Paulista. E eu sabia que era um nível bem complicado, um nível difícil. Mas a gente fez um campeonato muito bom. A equipe se portou bem. Terminou em primeiro no nosso grupo. Um grupo muito difícil com o Ponte e com o Palmeiras. Então, acho que a gente fez um bom papel.”
Expectativa para o confronto contra o Palmeiras no Paulistão
Felipe também comentou sobre as expectativas para o confronto contra o Palmeiras após o sorteio dos grupos do Campeonato Paulista. Respeitando os rivais, admitiu que o grupo se preparou para um eventual confronto com o Verdão nas quartas de final.
“É, como a gente tinha o Palmeiras no grupo respeitando muito o Velo também que estava no nosso grupo a Ponte Preta também a gente sabia que provavelmente o Palmeiras era um clube que iria passar a gente já estava trabalhando em prol dessas quartas de final que era chegar ali e tentar passar pelo Palmeiras todo mundo sabe a força que o Palmeiras tem, o Palmeiras vem aí de anos sempre ou sendo campeão ou estando nas finais e a gente tentou fazer o nosso melhor naquele dia, mas é como você disse, o Estevam estava numa noite inspirada, ele acabou decidindo o jogo para o Palmeiras, mas eu acho que independente do resultado desse último jogo, a gente não tira o mérito do campeonato que a gente fez, pelo nível que a gente encontrou, a gente conseguiu sair com dignidade, claro que querendo passar, mas a gente sabia da dificuldade.”

Estevão fez dois belos gols no jogo que eliminou o Bernô do Paulistão. Foto: Cesar Greco/Palmeiras
O time mais forte enfrentado na Série C do Brasileirão
Falando sobre a Série C do Campeonato Brasileiro, Felipe destacou o Maringá como o time mais forte que o São Bernardo enfrentou. Até o momento, o Tigre tem quatro jogos na competição. Em ordem, o aurinegro enfrentou: ABC, Maringá, Itabaiana, Londrina e Guarani. A única derrota veio justamente contra o time do Paraná.
“Ah, eu acho que é a equipe do Maringá, né? A equipe do Maringá tem uma forma de jogar totalmente diferente das outras que a gente enfrentou. Dos jogos que a gente teve em casa, os dois em casa, pegamos muito linha baixa, time só se defendendo e transitando. Enquanto Itabaiana lá é um campo diferente, um gramado fofo, um calor. Jogamos às quatro e meia da tarde, estava bem quente. E lá a gente conseguiu vencer. Mas a equipe do Maringá é uma equipe bem difícil, uma equipe que marca individual o campo todo. É uma equipe que joga totalmente diferente de qualquer outro tipo de equipe hoje no Brasil. Até para sustentar esse tipo de jogo, eu não sei se eles vão conseguir durante toda a temporada, mas provavelmente é uma equipe que a gente vai enfrentar lá na frente.”
Rivalidade com outros paulistas da Série C
Felipe também comentou sobre a rivalidade entre o São Bernardo e outros clubes paulistas na Série C, como Ponte Preta, Guarani e Ituano.
“Eu acho que não, eu acho que hoje não tem esse peso aqui, como eu cheguei o ano passado aqui no São Bernardo, estou há pouco tempo aqui, tem um peso, uma rivalidade muito grande aqui com o Agua Santa, o Agua Santa tem uma rivalidade, mas contra esses outros clubes aqui do estado eu não sinto isso, a gente tem a necessidade de vencer, a gente precisa entrar no G-Oito, a gente está em décimo agora, se não me engano, então a gente precisa entrar no G-Oito, entrar no G-Quatro, então independente se é o Guarani ou qualquer outra equipe, a gente precisa vencer.”
Sobre sua passagem no Santos em 2009
Felipe também relembrou sua passagem pelo Santos em 2009 e o time de estrelas com Neymar e Ganso.
“Muita gente pergunta sobre isso pra mim, né? Por eu ter jogado ali com o Neymar, com o Ganso, com aquele time massa de dois mil e dez. A única coisa que eu fico triste é de não ter chego ao Santos em dois mil e dez. Foi o ano que eles estouraram, né? Em dois mil e nove eles estavam ainda começando, e depois eu saí no final de dois mil e nove, voltei pro Paulista, porque teve uma troca lá de presidência, era o Marcelo Teixeira, o Marcelo Teixeira saiu, chegou uma nova diretoria, então ficou mais os caras, os medalhões na época, Fábio Costa, Léo e os meninos, né, Neymar e companhia, e o resto dos jogadores que tinham ido pra lá acabaram saindo ou indo pra outros clubes.”

Divulgação/Santos FC
Felipe também falou sobre a diferença que Neymar já mostrava, mesmo antes de se tornar o grande jogador que é.
“Mas o Neymar, cara, por exemplo, é um cara que naquela época era diferente, né? Eu tinha, acho que uns vinte e dois anos naquela época, ele tinha dezessete pra dezoito, acho que uns dezessete. Meu, a gente fazia treino de finalização e ele era diferenciadíssimo, sabe? Já era um jogador diferente, só que tava, só era o tempo pra ele aflorar e foi o que aconteceu. Tanto que na época eu achava que o Ganso estava num degrau acima do Neymar, o Ganso naquela época, era muito inteligente, e tinha o Alan Patrick também, um cracaço de bola, então foi uma experiência muito legal.”
Sobre sua volta ao futebol brasileiro no Ceará
Felipe também falou sobre sua experiência no Ceará, que foi um marco importante em sua carreira. Após deixar o Santos para rumar ao futebol asiático, teve no Ceará o seu primeiro destaque no cenário nacional.
“O Ceará é um dos clubes que sempre vai estar no meu coração, porque abriu as portas para mim naquele Brasileirão de dois mil e onze, foi assim onde eu consegui fazer dez gols no Brasileirão da Série A, que é algo que foi importante para mim, para o meu crescimento, para a visibilidade no país também, então eu fiz dez gols no Campeonato Brasileiro, não sendo um cara titular, sempre entrava nos jogos, pela minha idade também, mas aí em dois mil e doze eu fiquei lá pra disputar o campeonato estadual, aí lá a gente foi campeão estadual em cima do Fortaleza na final, eu ter feito gol na final, ter sido artilheiro do campeonato cearense, então foi onde eu consegui um lastro, né, em relação ao futebol nacional, que foi muito importante pra minha carreira.”
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Felipe Azevedo “ganhou fama” no futebol brasileiro como atacante do Ceará — Foto: Lucas Moraes/Divulgação/Cearasc.com
Sobre o período na Ponte Preta
Felipe relembrou os grandes momentos que viveu na Ponte Preta em 2015 e 2016.
“Eu acho que na Ponte Preta, quando eu estive lá em dois mil e quinze, dois mil e dezesseis, foram dois anos espetaculares da Ponte Preta na Série A, a gente terminou em oitavo num ano, outro ano… nono, décimo, se eu não me engano, dois timaços eles montaram, times com Renato Cajá, Rodinei, de dois mil e quinze, Biro Biro, Borges, e em dois mil e dezesseis tinha o Ayrton Paulista, Roger, Clayson, quem mais tinha lá? Tinha o Potker, então eram, puta, dois timaços que a gente conseguiu o ápice, então isso, então quando você tem o resultado de campo, te dá a oportunidade de ficar dentro do clube, ou sair também, eu sou um cara que sempre optei em ficar, Eu acho que se você tá num clube bem onde você consegue o seu espaço, não tem motivo você sair pra outro clube, só se você for ganhar algo muito acima do que você tá no seu clube.”

Felipe e outros grandes nomes da Ponte comemoram gol em vitória contra o Palmeiras no Allianz Parque. Foto: Foto: Alan Morici/Frame/Folhapress
Felipe falou sobre as suas referências no início de carreira. Citou dos vencedores da bola de ouro como suas inspirações
“O Kaká é um cara que, naquela época do auge dele ali no Milan, eu ficava vendo o Kaká jogar, eu ficava impressionado com as arrancadas, com a força dele, e é um cara que eu sempre olhei, né, dessa forma. Mas todo menino, assim, da minha geração vai lembrar do Ronaldo o fenômeno, né, cara? Não tem jeito. O Renato Fenômeno é uma coisa impressionante o que o cara fazia. Ali eu já tenho lembrança da Copa de noventa e oito, de dois mil e dois, o que esse cara fazia. Era impressionante. Mas o Kaká, pelo conjunto da obra, é um cara que sempre também me inspirava.”
Confira a entrevista na íntegra: