FIFA condena o Corinthians a pagar dívida com clube europeu

Timão deixou de pagar parcela na contratação de Charles e pode sofrer novo transfer ban

Por: Pedro César Lélis
1 semana atrás em 2 de outubro de 2025
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians


O Corinthians voltou a ser alvo de sanções da Fifa por descumprimento de acordos financeiros. A entidade determinou que o clube pague 1 milhão de euros (cerca de R$ 6,25 milhões) ao Midtjylland, da Dinamarca, em razão da contratação do volante Charles, realizada em 2024.


O Corinthians fechou o negócio por 1,6 milhão de euros, mas quitou apenas duas parcelas de 400 mil euros. O clube deixou de pagar a terceira, de 800 mil euros, prevista para março deste ano. Em maio, o Midtjylland acionou a Fifa, e o processo condenou o Timão.



Recurso e possíveis consequências


Para tentar adiar ou reverter a punição, a diretoria corintiana apresentou recurso à Corte Arbitral do Esporte (CAS). Caso a decisão seja mantida, o clube poderá sofrer um novo transfer ban, impedindo-o de registrar reforços, medida que já havia sido aplicada em agosto, por conta da dívida de R$ 40 milhões com o Santos Laguna, na compra de Félix Torres.



Lista de condenações recentes


O caso de Charles é apenas mais um em uma série de disputas judiciais. O Corinthians acumula seis condenações internacionais na Fifa e no CAS em menos de dois anos. Confira os principais débitos:




  • Santos Laguna (México): R$ 40 milhões pela contratação de Félix Torres (jan/2024)




  • Matías Rojas: R$ 41,3 milhões pela rescisão contratual (mar/2024)




  • Talleres (Argentina): R$ 23,3 milhões por Rodrigo Garro (jan/2024)




  • Shakhtar Donetsk (Ucrânia): R$ 6,7 milhões pelo empréstimo de Maycon (2024/25)




  • Philadelphia Union (EUA): R$ 8 milhões por José Martínez (ago/2024)




  • Midtjylland (Dinamarca): 1 milhão de euros por Charles (2024)





Situação delicada


Com tantas pendências, o clube corre contra o tempo. Se não houver acordo em até 45 dias, a Fifa poderá aplicar nova punição esportiva. O cenário pressiona ainda mais a atual gestão, que herdou boa parte das dívidas e precisa encontrar soluções rápidas para evitar bloqueios que impactem diretamente o futebol profissional.