FIP de Cotia enfrenta resistência no Conselho do São Paulo

A parceria com a Galápagos Capital, que prevê R$ 250 milhões para modernizar a base e reduzir dívidas, ainda não avançou devido a divergências internas no Conselho Deliberativo

Por: Pedro César Lélis
2 dias atrás em 9 de outubro de 2025
Centro de Formação de Atletas Presidente Laudo Natel (CT de Cotia) / Reprodução



Desde 2023, o São Paulo elabora um plano para fortalecer suas categorias de base em Cotia. Recentemente, o clube avançou e criou um Fundo de Investimento em Participações (FIP), em parceria com a Galápagos Capital e regulamentado pela CVM, prevendo um aporte inicial de R$ 250 milhões. O clube destinou R$ 200 milhões à modernização das instalações e do centro de formação e reservou R$ 50 milhões para reduzir dívidas acumuladas.





O clube começou a desenhar o projeto há cerca de duas temporadas e consultou 58 potenciais investidores, incluindo fundos, bancos e empresas estratégicas do futebol. Após diversas rodadas de negociação e ajustes no modelo, o São Paulo formalizou o acordo com a Galápagos Capital. No entanto, o Conselho Deliberativo enfraqueceu a iniciativa, adiando a aprovação final.









Modelo financeiro e gestão





O São Paulo mantém o controle total sobre decisões esportivas e administrativas da base. O investidor terá participação de 30% nos lucros gerados pelo FIP, enquanto o clube ficará com 70%. O acordo não prevê venda ou cessão de direitos econômicos de atletas, focando na adoção de melhores práticas de gestão e governança em Cotia.









Resistência interna





Apesar do aporte significativo e do potencial impacto positivo na base, o projeto enfrenta críticas e cautela por parte de membros do Conselho Deliberativo. Ainda não há data marcada para a votação, e especialistas destacam que será necessário superar essas barreiras internas para que os recursos e melhorias prometidos possam ser efetivamente aplicados.