Folha salarial do Corinthians é revelada com novos reforços

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2 anos atrás em 14 de fevereiro de 2024
Foto: Reprodução/Jovem Pan


O Corinthians está prestes a concretizar a contratação do meia Igor Coronado e do lateral-direito Matheuzinho, o que elevará a folha salarial do clube para aproximadamente R$ 20 milhões. Esses reforços, que devem ser confirmados ainda esta semana, farão parte do elenco de António Oliveira.


De acordo com Rozallah Santoro, diretor financeiro do clube, o Corinthians pretende manter o mesmo patamar salarial da temporada anterior, apesar das chegadas de novos jogadores. Essa mudança de planos, que anteriormente visava a redução de custos, se deve, entre outros fatores, à entrada de recursos provenientes da televisão.


– Temos que encarar essa dívida, não posso abrir mão da performance esportiva, já que 30% de dinheiro da televisão vêm de resultado em campo. A proposta inicial era de redução da folha, mas até em função dos novos patrocínios e de dinheiro novo que está entrando no clube, resolvemos manter o orçamento em R$ 20 milhões por mês – disse, em entrevista ao “Bandsports”.


– Se a gente pensar nas contratações que foram feitas, só em salários, encargos e direitos de imagem, com os dois jogadores que vêm se falando no apagar das luzes, o Matheuzinho e o Igor Coronado, a gente completa esse custo na casa dos R$ 20 milhões. Como equilibra? Tem fluxo de receita entrando, tive que fazer investimento para trazer jogadores – acrescentou.


Santoro afirmou que o impacto financeiro das novas contratações será em torno de R$ 100 milhões apenas em 2024. O dinheiro da venda de Gabriel Moscardo, cerca de R$ 90 milhões, será utilizado para amenizar a situação financeira do clube neste ano.


Além disso, o diretor confirmou alguns detalhes sobre o investimento mensal na contratação de Igor Coronado e atualizou a situação dos direitos de imagem em atraso com o elenco, uma pendência que vem desde a gestão anterior.




– Número que vi é na casa dos R$ 2 milhões por mês. Salários estão em dia. Direitos de imagem alguns estão atrasados desde outubro do ano passado. Último pagamento teria sido em outubro. Assumimos com dois meses de atraso e nesse primeiro mês de gestão ainda não conseguimos colocar em dia – comentou.


Em relação à dívida total do clube, Santoro reiterou que ela está em torno de R$ 1,650 bilhão, incluindo os R$ 700 milhões referentes à dívida da arena e os quase R$ 400 milhões de débitos a curto prazo, sendo mais da metade desse valor já vencido.


O diretor financeiro também demonstrou pouco espanto com a recusa da Caixa Econômica Federal à proposta de pagamento da dívida apresentada pela gestão de Duilio Monteiro Alves.



– Recebi com naturalidade. Desde o início, quando foi explicada a proposta na semana que antecedeu a eleição, fiz dois comentários. Primeiro: o que estava oferecido de naming rights não poderia ser oferecido pelo órgão que rege as normas do mercado financeiro. Ele estava oferecido de R$ 350 milhões, em um valor presente deve valer na casa dos R$ 150 mi – explicou.


– Não é um fluxo capitalizado, não existe um saldo devedor, estamos fazendo aluguel do espaço publicitário. Recebemos alguma na casa de R$ 21 milhões, isso não paga uma trimestral. Temos quatro trimestrais para pagar com a caixa, na casa dos R$ 25 milhões, esperamos que com a queda da taxa de juros a gente tenha um alívio com relação à essa taxa. Só de juros da arena deve cair de R$ 100 mi para a casa dos R$ 80 mi – encerrou.