O presidente do São Paulo, Julio Casares, esclareceu o andamento das negociações com Evangelos Marinakis, bilionário grego dono do Olympiacos, do Nottingham Forest e do Rio Ave. Durante o Conselho Técnico do Brasileirão, na CBF, Casares confirmou que as conversas seguem avançando, mas descartou qualquer possibilidade de venda do controle da base tricolor.
Na última segunda-feira, o São Paulo usou as redes sociais para parabenizar o Olympiacos pelos seus 100 anos. O gesto acontece em meio às tratativas com Marinakis, que pode investir na base do clube paulista. A diretoria busca um alto investimento para as categorias de base, oferecendo uma contrapartida ao empresário, cujo modelo de negócio ainda está em discussão.
“Nós estamos conversando. Nós nos conhecemos ano passado, tive uma grande impressão dele, estive duas vezes em Londres para ver ele. Muita gente fala que ‘vai vender’, mas isso não existe. É patrimônio do São Paulo, o São Paulo é majoritário. Precisamos entender esse mercado. Eu sou do tempo que tinha os olheiros, hoje são scouts. Esse mercado ali, na base, quem tem um dinheiro maior, tem um resultado melhor”

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O presidente reforçou que não precisa especificamente de Marinakis, mas sim de alguém que tenha capital para investir. “Eu não preciso do grego, mas de alguém que tem dinheiro. Quem tem hoje? Os agentes, mas o clube não ganha nada. É um acordo inteligente. Eu vou trazer mais participação.”
Casares explicou que Cotia é patrimônio do clube e não está a venda. A parceria, caso concretizada, aumentaria os ganhos financeiros e esportivos do São Paulo com seus jovens talentos. Marinakis, com forte influência no futebol europeu, poderia facilitar oportunidades para os atletas formados pelo Tricolor, ampliando suas chances no mercado internacional.
O acordo prevê que o bilionário grego tenha participação nos direitos econômicos dos jogadores formados em Cotia. Esses atletas são considerados ativos valiosos, e a parceria pode representar um novo patamar de investimento na base do clube. No entanto, qualquer decisão final precisa passar pelo Conselho Deliberativo, que terá a palavra final sobre a estrutura do acordo.