O técnico Júnior Rocha lamentou a derrota da Ferroviária para o Oeste por 1 a 0 neste domingo (19), na Arena Fonte Luminosa. O duelo, válido pela Série A2 do Campeonato Paulista, marcou a estreia da equipe em seus domínios nesta temporada.
Apesar do resultado, o treinador também destacou que derrotas fazem parte do processo de evolução da equipe.
“Não é legal, perder é sempre ruim. Diante do nosso torcedor, que foi fundamental no nosso acesso, e para os atletas também. Ninguém gosta de perder no futebol, nem na vida, nem em qualquer esporte ou ocasião. Mas está dentro do processo. O futebol tem três resultados: empate, vitória e derrota, e nós temos que ser inteligentes o bastante para entender os processos. No início de temporada, não é fácil para nenhuma equipe, e todos estão sujeitos a isso. Nós temos bastante gente experiente na comissão técnica e no elenco de atletas. Todo mundo já teve experiências assim. A gente iniciou bem, com 2 a 0 contra o Votuporanguense, que é um ótimo time, mas hoje, diante do torcedor, no primeiro jogo de 2025, veio uma derrota. Não é legal, a gente não gosta, mas está dentro do processo do futebol. Cabe a nós nos unirmos e continuarmos o aperfeiçoamento porque as dificuldades estão no início mesmo. Ninguém começa super bem, a não ser que tenha uma pré-temporada muito maior que as outras”, analisou Júnior Rocha.
De acordo com o treinador, a estratégia da Locomotiva não funcionou como esperado. Apesar disso, Júnior reconheceu os méritos do Oeste, que foi eficiente em sua proposta e conseguiu aproveitar a oportunidade que surgiu.
“O futebol, de modo geral, tem essa oportunidade de que tanto o Oeste quanto nós, se tivéssemos saído na frente, mudaria o jogo totalmente. Hoje foi muita catimba, prendendo o jogo, e isso vai prejudicando. Mas não posso tirar o mérito do Oeste, que, na sua estratégia, foi efetivo. Teve as chances mais claras no segundo tempo e aproveitou. Os números mostram que fomos superiores ao Oeste, mas não fomos eficientes. Tem que dar mérito à equipe do Oeste, que veio aqui com sua estratégia, ganhou o jogo e saiu vencedora. Nós somos humildes o bastante para reconhecer, mas pode ter certeza de que vamos melhorar muito, não é pouco”, falou.
A derrota em casa também representou o fim de um tabu de mais de um ano de invencibilidade na Fonte Luminosa. A sequência vinha desde uma derrota para o Maringá na Série D, em julho de 2023. Apesar disso, o treinador minimizou a marca.
“A questão de perder invencibilidade é ruim, mas são apenas números. Estamos conscientes de que são dois campeonatos. Na primeira fase, vamos nos classificar, performar, fazer por merecer e avançar. Depois, no mata-mata, é outro campeonato. As equipes estarão muito mais ajustadas, inclusive nós. Temos que fazer uma competição regular. Perdeu? Perdeu. Mas juntos, nos organizamos e seguimos trabalhando para melhorar”, afirmou.
A Ferroviária já tem um novo desafio pela Série A2 nesta quarta-feira (22), às 19h, novamente na Arena Fonte Luminosa, contra o Ituano.
“A equipe sentiu o cansaço, pois fizemos um jogo muito pesado contra o Votuporanguense, em um gramado cheio de lama. Repetimos a mesma equipe hoje, o que era inviável. Vamos rodar o elenco e ver quem estará melhor para quarta-feira. Também vamos analisar os erros, porque hoje erramos muitos gestos técnicos. Vamos estudar o jogo, corrigir erros, nos aperfeiçoar e seguir em frente. Estamos confiantes de que chegaremos ao patamar que alcançamos em 2024”, concluiu o treinador.