Manutenção do Hermínio Ometto foi trunfo para a retomada do União

Quando muitos clubes históricos do interior paulista enfrentaram abandono estrutural, o União São João seguiu um caminho raro: preservou seu maior símbolo. Em entrevista ao Canal 1902, o presidente José Mário Pavan revelou que a manutenção contínua do Estádio Hermínio Ometto foi o fator decisivo que permitiu ao clube reorganizar-se e projetar crescimento sem precisar reconstruir tudo do zero.

O estádio, tratado como patrimônio afetivo e funcional, tornou-se o ponto de sustentação de toda a nova fase do União. 

Pavan ressaltou que, apesar do afastamento de competições de destaque, o estádio jamais foi abandonado. Pelo contrário: uma equipe comprometida manteve o cuidado diário, impedindo que o patrimônio se deteriorasse. Em suas palavras: “O estádio sempre foi muito bem cuidado”. O gramado, conhecido há décadas como um dos melhores do interior, foi mantido com padrão profissional o tempo todo. A drenagem, o nível do corte, o solo e os cuidados de rotina seguiram acontecendo mesmo sem calendário intenso. Enquanto outros clubes perderam campos, arquibancadas e infraestrutura, o União preservou tudo.

O que parece apenas zelo se transformou em diferencial estratégico. O Hermínio Ometto, por estar preservado, permitiu que a reestruturação do União fosse mais rápida, mais eficiente e menos custosa. Pavan valoriza o empenho de quem nunca largou o clube: “Sempre teve gente cuidando do União”. Essa cultura — de proteger o que é próprio — fez o União atravessar a fase mais delicada sem perder sua essência.

Pavan reconhece que o União só conseguiu avançar nos bastidores porque a estrutura física estava íntegra. O clube não precisou reconstruir o estádio — apenas seguir evoluindo. Ele resume o processo de forma objetiva: “Tivemos que cuidar de tudo, passo a passo”. Esse “passo a passo” foi sustentado justamente pelo Hermínio Ometto: um estádio preservado, funcional e pronto para receber categorias de base, jogos oficiais e o planejamento de novos ciclos.