Na manhã desta quarta-feira (14), o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, convocou uma coletiva de imprensa na Vila Belmiro para apresentar um balanço do primeiro semestre de sua gestão. Com um discurso focado na recuperação financeira do clube, Teixeira destacou a significativa redução de despesas e o esforço contínuo para quitar as dívidas herdadas da administração anterior.
Durante a coletiva, o dirigente revelou que o Santos conseguiu pagar R$ 113 milhões em débitos acumulados até o momento. Uma das principais conquistas, segundo Teixeira, foi a redução dos gastos com o futebol masculino profissional, que passaram de R$ 14,8 milhões para R$ 7 milhões. Essa diminuição foi parte de um esforço mais amplo que incluiu a queda dos custos gerais com o futebol do clube, que contemplam as categorias profissional masculina, feminina e de base, de R$ 20,1 milhões para R$ 11,9 milhões.
“Alguns falam que o Santos tem a obrigação de vencer a Série B porque a folha é desse valor. A folha do Santos passou daquilo que era ano passado, de R$ 15 milhões, para R$ 7 milhões” – disse Marcelo.
Além das reduções de gastos, Teixeira detalhou as medidas tomadas para regularizar situações críticas deixadas pela antiga gestão. Entre elas, o pagamento de quase R$ 50 milhões destinados a contratações de jogadores realizadas anteriormente, bem como R$ 34 milhões para evitar ou reverter sanções de transfer ban impostas pela FIFA.
Santos foi vice campeão paulista em 2024 – Foto: Raul Baretta
O presidente também fez questão de apontar as dificuldades financeiras adicionais geradas por antecipações de receitas feitas pela gestão passada. Ele explicou que essas antecipações comprometeram os recursos do clube em 2024, incluindo uma verba de R$ 40 milhões referente ao Campeonato Paulista, que já havia sido utilizada no ano anterior. No total, as antecipações realizadas somaram quase R$ 90 milhões, o que, segundo Teixeira, impediu o Santos de contar com receitas essenciais neste ano.
“Tivemos antecipações de receitas importantes como a do Campeonato Paulista. Tivemos a verba integral antecipada e disputamos o estadual sem nenhum tipo de receita. Quando o Santos divulgar o balanço financeiro de 2024 constará R$ 40 milhões do Campeonato Paulista, que o Santos não recebeu porque foi antecipado para o ano anterior. Além de outras antecipações, que foram no total de quase R$ 90 milhões”.
Outro tópico comentado pelo presidente foi a nova arena do Santos, que deve ter o início das obras em breve.
“O prazo não fomos nós que demos. Fizemos uma reunião na Vila Belmiro em março. Naquela reunião, a previsão dada para os entendimentos por parte da empresa, que não é o Santos que tem essa responsabilidade. Você só dar essas garantias quando os entendimentos forem realizados”.