Nesta quarta-feira (02), o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, concedeu uma entrevista coletiva para apresentar detalhes do acordo com a WTorre para a construção de uma nova Vila Belmiro, maior e mais moderna.
Segundo o mandatário, todo o material elaborado pela WTorre e pelo arquiteto Luiz Volpato foi aprovado pelo clube. Dessa forma, o projeto da nova arena continua a avançar. Segundo ele, ainda não há prazo para as obras iniciarem. O clube ainda aguarda conseguir uma “segunda casa”, que provavelmente será o Pacaembu, para poder atuar durante as obras, que durarão entre dois anos e meio e três anos.
“O documento está elaborado. Dentro do cronograma será cumprido e obedecido entre os escritórios. Um período de 60 dias para concluir tudo e ser celebrado entre as partes”, disse Marcelo sobre o acordo com a WTorre.
“Nós não temos estádio. Naturalmente, dependemos do Pacaembu. Com as obras concluídas do Pacaembu, que será a casa do Santos. Não adianta antecipar fatos se não temos onde jogar”, completou sobre o início das obras.
O presidente também detalhou a questão dos repasses de receitas entre o Santos e a WTorre em shows e partidas de futebol.
“O mais importante é que os direitos do Santos foram preservados. Não existiam parâmetros, seja de jogos de futebol ou eventos. O Santos tem participação em eventos e shows, e na integralidade e repasse nos jogos de futebol. Ampliamos o número de jogos na Vila e em outros locais do Brasil. Foram negociações vantajosas ao Santos”.
Marcelo Teixeira, presidente do Santos – Foto: Reinaldo Campos/AGIF
Sobre o aporte financeiro para a construção da arena, Marcelo Teixeira apresentou o plano de vendas de cadeiras cativas e camarotes para cobrir os custos. Além disso, ele destacou que a WTorre tem obrigatoriedade em aportar pelo menos 100 milhões de reais.
“O Santos tem a possibilidade de comercialização de vendas até R$ 250 milhões. E a obrigatoriedade da WTorre em aportar R$ 100 mihões. Pelas previsões, temos a necessidade de venda de 5 mil entre cadeiras e camarotes. Um número pequeno em relação a obra. Expectativa é que se consiga de forma objetiva. Ansioso pelo torcedor querer participar, adquirir. Esse processo de reconstrução onde todos estão muito envolvidos. A partir de começar a comercializar, a chance de ter sucesso grande rapidamente”.
Outro tópico importante comentado foi a questão do gramado, já que novas arenas como a Arena MRV e Allianz Parque, por exemplo, tiveram muitos problemas em manter a qualidade do campo. Segundo Teixeira, a previsão é que a nova arena tenha gramado sintético, mas que isso ainda é um assunto indefinido.
Por fim, ele também comentou sobre a necessidade de modernização que surgiu para o Peixe, que irá perder a sua tradicionalíssima casa em troca de uma nova arena muito mais modernizada.
“Para aqueles que viveram na Vila com arquibancada de madeira, viram concreto sendo construído e o projeto agora, com avanço. Fica a lembrança. Mas o Santos precisa acompanhar a modernização. A arena possibilita status e ampliação de receita importante. Saudade vai ficar, mas diante do que você vislumbrará. Quem entrar na Vila Belmiro a partir da nova arena terá orgulho do avanço ao longo da história. Esse espaço é sagrado, onde está registrada a história daqueles que desfilaram aqui. Imprescindível que Santos mantenha a tradição. O Santos terá sua casa também em São Paulo com o Pacaembu”.