O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, reconheceu que o desempenho do time na Série B do Brasileirão tem sido alvo de questionamentos, mas destacou que os principais objetivos da temporada estão sendo cumpridos. O Santos está entre os quatro melhores da competição, garantiu uma vaga para a Copa do Brasil 2025 e tem boas chances de retornar à Série A. Além disso, o clube chegou à final do Campeonato Paulista, um feito que o dirigente considera importante para a gestão.
“Estamos na 30ª rodada. Nós talvez em talvez em três ou quatro no máximo, não estivemos dentro dos quatro melhores. Mais do que isso, tivemos jogos de invencibilidade, marcas importantes, primeiro lugar no primeiro turno e está disputando de igual para igual as quatro vagas e se cria sempre uma expectativa. Vou avaliar não como presidente, mas como torcedor e vou dizer ‘o sistema de jogo, esquema tática, apresentação do time é questionável’. Respeito a posição de acharmos que podemos jogar mais e atuar de forma diferente, porém o objetivo é claro para a gestão. Foram dois, finaliza do Paulista e Copa do Brasil. Estar entre os quatro melhores do Brasileiro, estamos. O questionamento que a gente pode se apresentar melhor ou não, respeitamos. O DNA do Santos é jogo ofensivo, brilhante e destaques, porém os resultados estão acontecendo”.
O presidente também abordou a questão financeira, lembrando que o clube enfrentou dificuldades e que sua gestão foi montada rapidamente. Ele reafirmou a responsabilidade da diretoria em manter o clube financeiramente estável, mesmo com uma das maiores folhas salariais da Série B, e ressaltou que grandes investimentos não garantem automaticamente bons resultados, citando o exemplo do título brasileiro de 2002, conquistado com um elenco modesto.
“A expectativa criada pelo elenco do Santos pelo Paulista pode criar uma ilusão no intuito de você estar muito a frente na Série B. Essa é a visão do torcedor. Se você avaliar o grupo de jogadores, também concordam que poderíamos estar a frente na colocação, mas são hipóteses. O que o Santos fez em 2002 por exemplo, infinitamente menor do que estamos disputando título. A maioria dizia que o time e com a folha salarial, vai cair. A folha salarial não representa algumas vezes o que seja o potencial de um time. O time de Novo Horizonte eliminou um grande do futebol e são circunstâncias. Não podemos menosprezar clubes que fazem bom trabalho, o Novorizontino faz um bom trabalho. O Santos, dentro da expectativa, faz um bom trabalho e dentro das condições econômicas que tem. Gostaria de ter um elenco com estrelas? Talvez. Não posso ser irresponsável de criar mais dívidas. O Santos tem a responsabilidade de transparência nas ações e temos uma comissão e grupo de jogadores que cumprem a obrigação. Faltam nove rodadas, quem diz que o Santos está garantido? Não podemos. Quem diz que não disputa o título? Não podemos. Passo a passo, sem precipitação. Ao final vamos avaliar o que alcançamos nessa Série B. Tomara que nunca mais ninguém tome decisões, atitudes e gestões que o Santos dispute um campeonato como esse”