O técnico Mazola Júnior analisou a derrota do Ituano para a Ponte Preta por 1 a 0, na noite desta segunda-feira, no estádio Novelli Júnior. O confronto direto pela liderança colocou frente a frente duas equipes que ainda não haviam perdido na Série C.
Apesar do revés, o treinador considerou o duelo equilibrado e minimizou o impacto do resultado negativo.
“Jogo equilibrado. É um resultado dolorido, não só por ser em casa, mas pelo que aconteceu ao fim. Mas, para minimizar um pouco essa derrota, tivemos um jogo, que muito provavelmente, entre dois candidatos ao acesso e foi um jogo muito equilibrado. A Ponte foi um pouco mais efetiva no último terço do campo. Mas o Ituano deu uma resposta muito boa. Só que no futebol não existe justiça, e quem ganha é sempre quem faz o gol, ou mais gols. A Ponte foi mais efetiva, como nós vimos em alguns outros jogos nessa competição, e sai daqui com uma vitória que, no meu modo de entender, teria sido mais justo se fosse um empate. Mas nada que vá nos abalar", afirmou.
Durante o primeiro tempo, o Ituano perdeu o atacante Vinicius Popó, lesionado aos 33 minutos. Mesmo reconhecendo a importância do jogador, Mazola evitou atribuir a derrota apenas à sua saída.
“Foi uma situação complicada. Fez a gente alterar inesperadamente o plano de jogo. Infelizmente, teve uma lesão que pode custar algumas semanas. Atrapalhou? Sim, atrapalhou. Mas não podemos jogar todo o peso dessa derrota na saída do Vinicius, logo no começo do jogo.”
O treinador também avaliou o desempenho da equipe no segundo tempo, quando o Galo criou chances, mas se expôs aos contra-ataques da Ponte Preta.
“O Ituano volta bem na segunda parte. Tem algumas finalizações interessantes, mas ao mesmo tempo proporciona três ou quatro contra-ataques para a Ponte Preta que poderiam ter sido fatais antes do gol. O gol nasce em uma jogada em que nós temos a posse de bola no campo adversário da Ponte. Mais uma vez perdemos a bola, não matamos o contra-ataque, e a Ponte acabou finalizando, como já tinha feito três ou quatro vezes antes do gol. Infelizmente, tivemos esse problema e, quando saímos para jogar e adiantamos as nossas linhas, acabamos sofrendo contra-ataques que poderiam ter nos custado muito mais caro do que custou. Essa nossa ofensividade não foi tão efetiva como foi nos outros jogos.”
Na entrevista, Mazola ainda comentou sobre a presença da torcida adversária no Novelli Júnior. Ele havia convocado os torcedores do Ituano na última coletiva para comparecerem em peso, mas viu o setor visitante lotado com pontepretanos, fazendo a Ponte se sentir em casa.
“Em relação à torcida da Ponte, eu conheço ali há muitos anos. Fui criado lá dentro. Conheço aquilo como poucos. E a Ponte Preta, quando vive esse tipo de momento, a torcida abraça, seja onde for. Nós já tínhamos avisado antes que a torcida do Ituano tinha que vir, porque senão a Ponte Preta ia jogar em casa. E a Ponte Preta jogou em casa hoje, não tenha dúvida nenhuma”, falou o treinador.
Mazola ainda demonstrou confiança na classificação para a segunda fase da Série C. O Ituano soma dez pontos em cinco jogos e encara o Figueirense no próximo domingo, às 19h, no Orlando Scarpelli, pela sexta rodada.
“Nós vamos para Florianópolis em busca dos três pontos, assim como jogamos até agora os cinco jogos da competição. Estamos com dez pontos em cinco jogos, um aproveitamento que, muito provavelmente, nos dará a classificação para a segunda fase.”