O acesso do Mirassol à Série A do Brasileirão marca um feito histórico para o futebol brasileiro. A cidade paulista, com dados populacionais que variam entre 42 mil habitantes (segundo o IBGE) e 63.337 (de acordo com a FPF), torna-se o menor município com um representante na elite do futebol nacional nos últimos 40 anos.
Para grau de comparação, apenas quatro equipes do torneio não residem nas capitais dos seus estados. A segunda menor cidade de um clube da elite do Brasileirão em 2025 é Bragança Paulista, com cerca de 176 mil habitantes (IBGE), quase três vezes maior que Mirassol. Caxias do Sul e Santos, que também não são capitais, tem entre 400 e 500 mil habitantes.
O Estádio
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Com capacidade para receber pouco mais de 15 mil torcedores, o Estádio Municipal José Maria de Campos Maia pode abrigar cerca de um quarto da população em uma só partida. Entre os estádios, a disparidade não é tão grande. O Nabi Abi Chedid, casa do Bragantino, também comporta cerca de 15 mil pessoas. A Vila Belmiro, do Santos, e o Alfredo Jaconi, do Juventude, também tem capacidade para menos de 20 mil espectadores.
Desde 1980, apenas a Catuense, em 1984, representou uma cidade com menos de 70 mil moradores. Catu, localizada na região metropolitana de Salvador, contava com 39,4 mil habitantes na época. Antes disso, em 1977, o Villa Nova-MG representou Nova Lima, município mineiro com 34 mil habitantes no censo de 1970.
Em 2024, Bragança Paulista, com pouco mais de 176 mil moradores, era a menor cidade com clube na Série A. O feito do Mirassol quebra paradigmas no futebol nacional, ao levar uma cidade tão pequena ao nível mais alto da competição. O clube agora carrega a responsabilidade de mostrar que planejamento, paixão e organização podem superar barreiras econômicas e demográficas.
Mirassol, com sua força do interior paulista, já se prepara para enfrentar os grandes desafios que aguardam na elite do futebol brasileiro.