Mirassol mantém ritmo intenso e desafia gigantes da Série A

Quem imaginava um relaxamento do Mirassol após atingir os 45 pontos e garantir a permanência na Série A se enganou. O time segue em ritmo acelerado e agora mira voos ainda mais altos — a vaga na Libertadores está cada vez mais próxima.

O caçula da elite não chegou com timidez. Encarou gigantes de igual para igual e tem mostrado maturidade de veterano. Neste domingo, aplicou 3 a 0 no São Paulo, completando a dobradinha sobre o Tricolor — 5 a 0 no agregado, contando o 2 a 0 do primeiro turno no Morumbis.

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E o domínio não é caso isolado. O Leão caipira também venceu o Grêmio duas vezes, somando 5 a 1 no confronto geral, e goleou o Bahia por 5 a 1, impondo ao técnico Rogério Ceni a maior derrota de sua carreira.

No Maião, o time é praticamente imbatível. Em 15 partidas, soma dez vitórias e cinco empates — invicto, assim como o Flamengo. O estádio virou uma fortaleza: são 34 gols marcados e apenas 13 sofridos, com saldo positivo de 21 e média de 2,27 gols por jogo em casa.

O desempenho é consistente contra qualquer rival. O mesmo ímpeto demonstrado diante do terceiro colocado Cruzeiro se repete contra o lanterna Sport. E fora de casa, o Mirassol também mostra personalidade — não se intimida em nenhum cenário.

Com o trabalho de Rafael Guanaes, o projeto se consolidou como referência nacional. O técnico extrai o melhor de cada jogador, potencializa o elenco e constrói um coletivo que encanta o país. O resultado é uma sequência de recordes: com nove rodadas de antecedência, o Mirassol já é o melhor estreante do Brasileirão na era dos pontos corridos, superando o Barueri de 2009, que somou 49 pontos. O Leão já chegou aos 52.

Constância é o que define o time. Em toda a campanha, nunca ficou mais de três jogos sem vencer. Por isso, a vaga na Libertadores está cada vez mais próxima, enquanto a Sul-Americana já parece garantida.

O Mirassol, que hoje ocupa a quarta colocação, soma seis pontos a mais que Botafogo e Bahia, e começa a sonhar com a fase de grupos da Libertadores — algo inimaginável para um estreante.

Com uma cidade de apenas 65 mil habitantes, o Leão caipira transformou Mirassol em um território hostil para os grandes do país. E, se continuar nesse embalo, logo poderá estender esse domínio também para o continente.