MP investiga gastos de Andrés Sanchez no Corinthians

O Ministério Público de São Paulo avançou nas apurações sobre o uso do cartão corporativo do Corinthians para despesas pessoais durante a gestão de Andrés Sanchez. A investigação confirmou a autenticidade das faturas apresentadas. Além disso, determinou a intimação do ex-presidente para prestar depoimento como investigado na próxima quinta-feira, 02, em audiência virtual.

No mês passado, o Corinthians encaminhou documentos solicitados pelo MP. Após a análise, surgiram indícios de novos gastos que reforçaram a investigação. O caso é conduzido pelo promotor Cássio Conserino.

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Admissão e reembolso parcial

Em julho, Andrés Sanchez, que presidiu o clube entre 2007 e 2011 e novamente de 2018 a 2020, admitiu ter utilizado o cartão em uma viagem de Réveillon ao Rio Grande do Norte, em seu último ano de mandato. Na ocasião, devolveu R$ 15 mil aos cofres alvinegros como forma de reparação.

Gastos sob suspeita

Apesar do reembolso, os investigadores identificaram outras despesas não mencionadas, incluindo compras em uma joalheria e pagamentos em um restaurante de Fernando de Noronha, possivelmente ligados a uma viagem do dirigente. A defesa de Andrés ainda não se pronunciou oficialmente sobre os novos apontamentos.

O inquérito não envolve apenas Andrés. Ex-presidentes recentes do clube, como Duilio Monteiro Alves e Augusto Melo, também estão entre os investigados. Além do uso do cartão, o MP apura relações do Corinthians com empresas de fachada e suspeitas de infiltração do crime organizado no clube.

Consequências internas

No âmbito político, o Conselho Deliberativo do Corinthians também analisa o caso. Por ter ocupado a presidência, Andrés Sanchez mantém o status de conselheiro vitalício e integra o Conselho de Orientação (CORI), o que mantém o tema em debate dentro da estrutura do clube.