Oposição lança chapa “Meu Bugre Forte” e propõe SAF no Guarani

O cenário político do Guarani ganhou novos contornos nesta semana. O empresário Felipe Roselli oficializou sua candidatura à presidência do clube pela chapa “Meu Bugre Forte”, em evento realizado na noite da última segunda-feira, abrindo espaço para o debate eleitoral que definirá os rumos do Brinco de Ouro a partir de 2026.

A entrada da oposição na disputa encerra a expectativa sobre a formação de uma segunda chapa e promete movimentar o processo político nos próximos dias. O grupo liderado por Roselli apresenta como principal bandeira a implementação de um modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), defendendo maior profissionalização na gestão e transparência administrativa.

Segundo os representantes da “Meu Bugre Forte”, a proposta busca reorganizar o clube financeira e estruturalmente, com metas de crescimento sustentado dentro e fora de campo. O plano prevê que o Guarani volte à Série A do Campeonato Brasileiro até 2028, com reestruturação gradual e investimentos externos controlados.

Apesar do discurso de modernização, o projeto ainda carece de detalhes sobre o futebol, especialmente em relação ao planejamento esportivo e à captação de recursos. A chapa aposta em uma abordagem técnica, com ênfase em aspectos jurídicos e administrativos, mas ainda sem nomes confirmados para áreas estratégicas.

Internamente, parte dos torcedores e conselheiros esperam que a campanha aprofunde a discussão sobre o modelo de SAF, para evitar que o clube se torne dependente de empresários ou fundos de investimento.

O surgimento da oposição amplia o debate sobre o futuro do Guarani, que tenta se reerguer após o rebaixamento na Série B de 2024 e a recente participação na Série C. O atual grupo gestor, que deve buscar a continuidade no comando, será agora confrontado por uma proposta alternativa de administração, voltada à modernização e à estabilidade econômica.

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