A maior torcida organizada do Corinthians, conhecida como Gaviões da Fiel, promoveu um protesto contra o time e a diretoria do clube nesse sábado (7), horas antes do empate contra o Flamengo na Neo Química Arena, pela 26ª rodada do Brasileirão.

Victor Gomes/Meu Timão
O Corinthians não tem tido uma temporada positiva, sendo eliminado de todas as competições que participou e mostrando instabilidade no Campeonato Brasileiro. Revoltados com os resultados negativos recentes e a eliminação na Sul-Americana para o Fortaleza, os torcedores se reuniram no Parque São Jorge e expressaram sua insatisfação por meio de cantos de cobrança. Os principais alvos das críticas foram o presidente Duílio Monteiro Alves, o gerente de futebol Alessandro Nunes e o atual elenco.
Durante o protesto, foram entoados cantos como “Fora todo mundo, diretoria omissa e elenco vagabundo”, “Acabou a paz: mexeu com a Gaviões, mexeu com Satanás” e “Duílio, c…, acabou com o Coringão”. Os torcedores também manifestaram sua frustração com o desempenho do time, destacando mensagens como “Ou joga por amor, ou joga por terror”. Além disso, houve críticas aos sócios do clube social, com faixas alertando sobre a importância de preservar a história do Corinthians.
Vale ressaltar que o protesto ocorreu cerca de 45 dias antes da eleição para presidente do Corinthians, que está marcada para o dia 25 de novembro. Embora não tenha havido apoio explícito ao candidato da oposição, Augusto Melo, os torcedores presentes fizeram questão de se posicionar contra a continuidade da chapa da situação, que tem André Luiz de Oliveira como candidato em 2023.

Victor Gomes/Meu Timão
Biu, vice-presidente dos Gaviões, comentou:
“Estávamos apoiando o time até o fim porque queríamos o título, mas tudo tem seu contexto. Fomos eliminados de forma vergonhosa e eles precisam sentir nossa revolta. Continuaremos apoiando no estádio, mas é importante separar as coisas. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.”
O representante da torcida também expressou a intenção de tumultuar as coisas até o dia 25 e depois, independentemente do vencedor. Ele afirmou: “Entre nós, é paz; entre eles, é guerra”. Ele ainda questionou a capacidade de envolvimento dos jogadores com os dramas dos torcedores, como o acidente de ônibus que resultou na morte de oito torcedores após o empate contra o Cruzeiro, em Belo Horizonte.
“Se para eles, a perda de oito torcedores neste ano não significa nada, está na hora de mostrarmos como é que é. Se isso não fizer com que eles reflitam e coloquem em prática em campo, então é melhor eles pegarem suas coisas e irem embora”.
Depois do empate no último sábado (07), o time ainda luta para se afastar da zona de rebaixamento.
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