“Orgulho e tristeza”: Abel admite superioridade do Chelsea

Por: Pedro César Lélis
3 meses atrás em 5 de julho de 2025
TV Palmeiras


Logo após a derrota por 2 a 1 para o Chelsea, que eliminou o Palmeiras nas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, o técnico Abel Ferreira demonstrou franqueza e serenidade ao analisar o resultado ainda no gramado do estádio Lincoln Financial Field, na Filadélfia. O treinador reconheceu o mérito do adversário, destacou o esforço de sua equipe e reforçou o sentimento de orgulho pelo desempenho apresentado.


“É difícil, mas temos que aceitar. Nosso adversário foi melhor do que nós. Acho que depois da primeira parte, fizemos alguns ajustes no nosso time, mas infelizmente no segundo tempo não conseguimos fazer o segundo gol. Tentamos até o final. O jogo foi decidido em detalhes”, afirmou Abel.


Com a postura de quem valoriza o processo, o técnico português revelou emoções mistas com o desfecho da partida. “Dois sentimentos: orgulho e tristeza, pela maneira como a gente perdeu, como sofreu o segundo gol, mas isso é o futebol. Tem que aceitar e seguir em frente. Estou triste pela maneira como perdemos, mas estou orgulhoso do que fizemos.”






Reconhecimento à superioridade do adversário


Abel detalhou as dificuldades enfrentadas pelo Verdão, especialmente no primeiro tempo, quando o Chelsea dominou as ações e abriu o placar com Cole Palmer. Segundo o treinador, a equipe teve problemas para conter o setor esquerdo do adversário e só conseguiu equilibrar a partida após ajustes no intervalo.


“Uma primeira parte em que nós não conseguimos encaixar, sobretudo no nosso lado esquerdo. Acho que o nosso adversário na primeira vez que encontrou o Palmer sozinho, a qualidade dele faz toda a diferença. Acho que na primeira parte, nosso adversário foi melhor.”


Apesar da melhora no segundo tempo e do empate marcado por Estêvão, o Verdão acabou sofrendo o segundo gol nos minutos finais, após desvio em chute de Gusto. Para Abel, os detalhes e a sorte influenciaram diretamente no resultado. “Na segunda parte, fizemos os ajustes que tínhamos que fazer, não tínhamos que estar preocupados com o lateral deles e sim com o camisa 10 (Palmer) e acho que fizemos isso muito bem. Voltamos a lutar pelo jogo, empatamos, o jogo estava dividido, quando chegamos lá não conseguimos finalizar as nossas jogadas. É duro porque o adversário é bom o suficiente para ganhar de outra maneira, mas a sorte também faz parte do jogo.”








Estêvão e o desempenho físico


O treinador ainda destacou a atuação de Estêvão e o impacto físico do jovem diante da exigência do jogo. “O Cucurella sentiu um gostinho da sua condição física. Ele está preparado. A primeira vez que ele chegou ao Palmeiras eu tinha esse pensamento: ele não é forte, não é alto. Mas depois que o vi jogando contra jogadores fortes, fiquei surpreso, porque ele tem muita qualidade. Ele é franzino, mas é forte. Ele é um jogador incrível, forte, rápido, chuta com o pé direito e é incrível. O Chelsea chegou, pagou muito por ele. Parabéns, vocês têm um jogador e uma pessoa incrível.”






Análise do jogo e evolução tática


Abel aproveitou para valorizar os ajustes táticos realizados ao longo da partida e mencionou que, mesmo diante de um adversário mais estruturado financeiramente, sua equipe teve desempenho competitivo.


“Para mim, como ex-jogador e treinador, é um privilégio jogar contra essas equipes. Surpreendemos o adversário, como fizemos contra o Botafogo, conseguimos corrigir. Para mim, enquanto treinador, é fantástico ter que dar respostas ao vivo durante o jogo. Baixaram os laterais, fizeram o 3-1-6. O árbitro perguntou se queríamos parar, eu disse que sim. A correção que fiz no intervalo poderia ter feito na primeira parte. O futebol é possível, mas não posso olhar para o Chelsea e dizer que eles não investiram.”


Apesar da eliminação, Abel se mostrou orgulhoso do que o Palmeiras apresentou em campo e lamentou não ter levado a partida à prorrogação. “Vocês viram o jogador brasileiro que entrou, não viram? Nós, muito sinceramente, fomos bem, fizemos as correções que tínhamos que fazer. Merecíamos ter ido para a prorrogação, mas o futebol é assim. O sonho terminou, pelo menos esse terminou. Não sei qual o sentimento dos meus jogadores, mas senti que poderíamos ter feito mais. O futebol é isso.”