De volta ao futebol brasileiro, o meia Oscar reacendeu o debate sobre o uso de gramados sintéticos. Em entrevista ao programa Bola da Vez, o jogador do São Paulo criticou duramente esse tipo de piso. Para ele, os riscos à saúde dos atletas são evidentes e exigem atenção. Também comentou a fala de Leila Pereira sobre o fato de jogadores que reclamam serem “atletas velhos” e rebateu: “Os mais velhos têm experiência, já são têm rodagem e têm mais voz.”
O desgaste com o gramado sintético do Allianz Parque, casa do Palmeiras, não é novidade no São Paulo. Na fase de grupos do Paulistão, tanto Lucas quanto Oscar ficaram no banco de reservas no clássico justamente por precaução médica. O histórico preocupa. Desde julho de 2022, nove jogadores do Tricolor se machucaram atuando no estádio: Galoppo, Miranda, Ferraresi, Lucas, Ferreirinha, Gabriel Neves, Patryck, Rafinha e Welington.
Não é a primeira vez que Lucas sente o joelho contra o Palmeiras. Foto: Marcos Ribolli
“Não é questão de ser contra o Palmeiras. O gramado sintético é muito complicado. O Lucas, por exemplo, machucou o joelho porque o gramado é muito duro. Se fosse natural, não machucaria tanto”, afirmou Oscar, ao comentar sobre a lesão do companheiro de time.
Vantagem pequena
Durante a conversa, o meia também questionou a vantagem que equipes acostumadas com esse tipo de campo teriam em relação às demais. Segundo ele, Palmeiras, Botafogo e Athletico-PR se beneficiam por treinarem e jogarem frequentemente nesses gramados. “São favorecidos um pouquinho, porque são acostumados e nós normalmente não jogamos”, disse.
Oscar ainda respondeu às recentes declarações de Leila Pereira, presidente do Palmeiras. Em fevereiro, ela afirmou que o movimento contrário aos gramados artificiais tinha como lideranças “atletas velhos”. O camisa 8 do São Paulo: “Acho que a Leila dá umas declarações polêmicas normalmente.”
Com opiniões fortes e baseadas na vivência dentro de campo, Oscar engrossa o coro dos que defendem um debate mais profundo sobre as condições de jogo no futebol brasileiro. O tema promete seguir em pauta.