Cerca de 19 mil ingressos foram previamente adquiridos para o confronto entre Palmeiras e Atlético-MG, colocando o Verdão em uma situação delicada, já que existe a possibilidade de registrar seu pior público no Allianz Parque nesta quinta-feira. Essa queda na presença de torcedores não é apenas uma questão numérica, mas também reflete o clima negativo que paira sobre o clube, fruto de uma semana repleta de controvérsias e descontentamento por parte da torcida.
Ao longo das 27 partidas que o Palmeiras disputou no Allianz Parque nesta temporada, apenas uma delas teve um público inferior a 30 mil espectadores, que ocorreu quando enfrentou a Ferroviária e contou com a presença de 28.699 pessoas na vitória por 2 a 1, durante o Campeonato Paulista.
O desinteresse da torcida hoje se manifesta tanto pelo desempenho do time no Campeonato Brasileiro quanto pelo descontentamento em relação à diretoria. Apenas um mês atrás, o Palmeiras estava sonhando com a conquista da Conmebol Libertadores, quando avançou para as semifinais contra o Boca Juniors, e também estava na disputa pelo título do Brasileirão, estando apenas oito pontos atrás do líder Botafogo naquela época. Entretanto, passaram-se cinco jogos sem nenhuma vitória, culminando na eliminação pelo Boca Juniors e na queda para o quarto lugar na Série A, o que fez com que as metas do clube se restringissem à conquista de uma vaga direta na Libertadores de 2024.
Diante da falta de resultados positivos no campo, a insatisfação da torcida com a diretoria e com a presidente Leila Pereira, que não é um problema recente, se tornou ainda mais evidente. Isso se expressou por meio de críticas e protestos, incluindo a pichação dos muros do clube e de 40 lojas da Crefisa, a empresa da qual Leila Pereira é presidente.