O Palmeiras recebe o Liverpool do Uruguai na próxima quinta-feira, no estádio Allianz Parque, às 21h (de Brasília). O confronto é válido pela Copa Libertadores, e o Verdão busca sua primeira vitória na competição, uma vez que empatou em 1 a 1 com o San Lorenzo na estreia.
O Alviverde volta a enfrentar uma equipe uruguaia na Libertadores após sete anos. A última vez foi em 2017, quando enfrentou o Peñarol na fase de grupos.
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Aliás, esse jogo não é só lembrado por ser a última vez que o Palmeiras enfrentou um time do Uruguai. Ele tem uma história que envolve confusão, virada épica e uma entrevista marcante de Eduardo Baptista.
Tudo começou antes mesmo do sorteio colocar o Verdão e o Peñarol no mesmo grupo. O primeiro capítulo dessa confusão começou na apresentação de Felipe Melo, que havia acabado de chegar ao clube. Na ocasião, o volante declarou que daria “tapas na cara de uruguaios se fosse necessário”. Declaração que não caiu bem no país vizinho.
Foto: Cesar Greco/Palmeiras
Porém, no primeiro jogo entre as equipes, tudo ocorreu normalmente. Em uma partida emocionante, o Palmeiras conseguiu a vitória no último lance, com o placar final de 3 a 2.
Entretanto, na volta ao Uruguai, a equipe então comandada por Eduardo Baptista teve um primeiro tempo desastroso. Com facilidade, o Peñarol abriu 2 a 0. Mas a entrada do atacante Willian Bigode no segundo tempo mudou o rumo da partida. E aos 27 minutos da segunda etapa, o Verdão virou para 3 a 2, com gols anotados por Willian (2x) e Mina.
Assim que o árbitro encerrou a partida, uma confusão generalizada tomou conta do estádio. Os uruguaios partiram para cima dos palmeirenses, sendo o volante Felipe Melo o principal alvo. No meio da briga, ele acertou um soco em um adversário.
Foto: Reprodução/internet
Os jogadores e toda a equipe técnica do time brasileiro tentaram se refugiar no túnel dos vestiários, mas os portões estavam fechados. Foi necessário ação dos seguranças do clube para que o local fosse aberto.
A confusão se estendeu para as arquibancadas. Torcedores brasileiros foram encurralados pelos do Peñarol, que tentavam invadir a área onde estavam os palmeirenses. Objetos foram arremessados, assim como uma grade. Não havia policiamento no local.
Após todo esse clima hostil e que deixou os nervos à flor da pele, Eduardo Baptista foi para a coletiva de imprensa. Porém, Eduardo estava revoltado, principalmente com a insinuação de que o diretor Alexandre Mattos teria forçado a escalação do atacante Roger Guedes em vez de Willian Bigode na partida que decretou a eliminação do Verdão do Paulistão, conforme havia relatado o jornalista Juca Kfouri, dias antes do jogo da Libertadores.
Entre gritos e socos na mesa, o treinador afirmou: “Escutei de uma pessoa importante, um cara que admiro e sou fã há muito tempo. Falar que o Róger Guedes jogou contra a Ponte Preta porque o Mattos escalou e que sou um treinador maleável. Sou um cara muito sério. Batalhei para estar aqui. Exijo respeito.”
Foto: Reprodução/Internet
“Sou um cara sério. Vocês conhecem minha família. Tento respeitar e passar o máximo de informação. Falar que sou maleável é ofender o homem. Sou homem para caralho. Sou um cara muito sério. Batalhei para estar aqui. Exijo respeito. Essa pessoa não falou quem era a sua fonte. Eu sou responsável.” esbravejou Eduardo Baptista.