Weslley Patati foi uma das principais promessas recentes para o ataque do Santos, por conta das atuações nas Copinhas que disputou. Porém, quando subiu, passou por momentos conturbados no clube e agora joga em Israel, após se envolver em polêmica com a diretoria. Em entrevista ao UOL, ele falou sobre aquele momento e sua situação no exterior.
“Fiquei um mês sem sair de casa. Um mês. Da minha casa para o CT. Sei que o que fiz não foi legal, mas não é para tanto. Converso com o Giuliano, o Gil, eles me abraçaram naquele momento, me blindaram, disseram que sou jovem e tenho muito a aprender. Acho que no dia lá que a torcida organizada foi, se eles não tivessem entrado na frente, não sei nem o que poderia ter acontecido”, disse o atacante.
O país onde Patati está vive um conflito bélico contra Palestina, o que deixa os moradores do local apreensivo por conta das possibilidades de perigo. Ele falou sobre uma ocasião que precisou ficar em bunker. “A gente ouve [a sirene] e tem um minuto e meio para se abrigar. Tem bunker no CT, no meu apartamento e nas ruas. Depois que passa a sirene, que toca na cidade toda e bem alta, é vida normal. Não tenho medo. Não precisa ter medo”, comentou.
“Não falo hebraico, mas estou estudando inglês e no clube tem um fisioterapeuta que fala português muito bem. Ele morou dois anos no Guarujá onde teve uma namorada. A família do meu empresário também me ajuda demais. O irmão do meu empresário ficou um tempo dormindo lá no meu apartamento me ajudando indo, no mercado comigo, comprando as coisas comigo, e a família dele também”, disse o atacante sobre a adaptação ao novo local.
Patati foi de forma definitiva para Maccabi Tel Aviv, de Israel. O Santos não divulgou os valores recebidos pela negociação.