Paulo Silvestri, gestor do Ituano, se irrita após nova derrota

Foto: Flávio Torres/Revista do Ituano
A crise do Ituano só aumenta e mostra poucos sinais de amenização. O time de Itu sofreu sua sétima derrota consecutiva no último sábado (04), ao ser vencido por 3 a 1 pelo Novorizontino em sua própria casa, o estádio Novelli Júnior.
Após o rebaixamento no Paulistão, o Ituano ocupa a última posição na Série B, com três derrotas em três jogos, todas elas por uma margem de dois gols.
O jogo mais recente foi um verdadeiro pesadelo para a equipe. O Ituano teve dois jogadores expulsos, os zagueiros Claudinho e Marcel, além de um pênalti desperdiçado por Eduardo Person, e até mesmo um desentendimento entre o meia e a torcida.
Depois de perder a cobrança do pênalti, com o time já com um jogador a menos, Person conseguiu empatar o jogo e expressou toda sua frustração com a torcida na sua comemoração. O atleta encarou a torcida e respondeu as críticas que vinha recebendo com xingamentos direcionados aos torcedores. Imediatamente, os torcedores começaram a insultar o jogador, que foi alvo de muitas vaias e xingamentos quando foi substituído.
Uma das torcidas organizadas deixou as arquibancadas e foi protestar próximo ao vestiário durante o intervalo. Na segunda etapa, os torcedores se sentaram em silêncio, se recusando a cantar, em mais um protesto contra o desempenho da equipe.
Em uma entrevista após o jogo, o gestor do Ituano, Paulo Silvestri, criticou a atitude da torcida em entrevistas a duas rádios locais.
“A torcida precisa decidir: se vai apoiar nos momentos difíceis, como o Ituano está enfrentando agora, ou se vai vaiar quando perdemos a bola. A torcida é soberana, ela faz o que quer, e eu sempre vou respeitar isso. A torcida é movida pela emoção. Nós, como equipe, somos responsáveis por tirar o Ituano dessa situação. Recentemente, tive longas reuniões com ambas as torcidas organizadas, a pedido delas. Neste momento, a torcida pode fazer toda a diferença. Já vimos muitas vezes equipes que, nos momentos difíceis, contaram com o apoio crucial da torcida. Posso citar o exemplo da torcida do Corinthians. Eles são um pilar de apoio para o time” – comparou Paulo Silvestri.
“Eu pedi à torcida e continuo pedindo, mas cabe a eles decidir o que querem fazer. Se desejam protestar, xingar e criticar os jogadores, é uma escolha deles. Na minha opinião, isso não é produtivo nem vantajoso. Transforma nossos jogos em casa em uma desvantagem, o oposto do que estamos tentando construir aqui. Assim, todos saem prejudicados” – concluiu o gestor do Ituano.
Após responder às duas rádios, Paulo Silvestri deixou a coletiva de imprensa no meio de uma pergunta feita pelo ge sobre a crise do clube. Ele optou por não ouvir o restante da questão e se retirou.