Pegorari avalia retorno e projeta reta final do Ituano

O goleiro Pegorari reestreou pelo Ituano no empate em 2 a 2 contra o CSA, fora de casa, pela 17ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. Aos 34 anos, o arqueiro assumiu a titularidade na meta rubro-negra em sua volta ao clube.

Em entrevista coletiva, o goleiro comentou sobre o desafio de assumir um papel de liderança em um momento tão decisivo da competição.

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“Aconteceu comigo aqui um fato inusitado na minha carreira, que é chegar faltando quatro, cinco jogos para acabar o campeonato. É muito difícil você chegar, implementar uma liderança, enfim, qualquer coisa em tão pouco tempo. Principalmente sem jogar como que eu vou poder falar, criticar, e o Mazola (Júnior, técnico) falando que o Pegorari é assim, assado aí já fica mais essa ainda: ‘Pô, ele vai chegar desse jeito, metendo o louco!’. Então você tem que ter o timing das coisas. Não é assim. A gente também não é um bicho-papão. Falamos, às vezes, um pouquinho demais pra dar no meio, mas é normal. Isso aí a gente tira de letra.”

Valorizando um discurso equilibrado, o goleiro ressaltou a confiança na luta pela classificação e defendeu o colega de posição, Vagner, que vinha sendo utilizado na meta do Galo.

“Na minha opinião, ele (Vagner) foi muito bem em todos os jogos que disputou. Aquela bola ali, no jogo contra o Confiança, era uma bola realmente chata para o goleiro. Então, a gente só vê a foto quando sai o gol, né? Mas teve todo um lance para a bola chegar daquele jeito ali, mas isso não vem ao caso. Na minha opinião, ele fez, sim, ótimos jogos. E eu acho que a confiança que o técnico tem em mim é porque cheguei, treinei, acho que 10 a 15 dias, e já estou apto para jogar”, analisou.

Com apenas duas rodadas restantes na primeira fase, o Ituano aparece em 12º lugar, com 21 pontos. São dois a menos que o Guarani, primeiro clube dentro da zona de classificação. Mesmo em clima de decisão, Pegorari reforçou que, caso o Galo não avance, a situação deve ser tratada com planejamento e não como tragédia.

“O Ituano vem de um 2024 desastroso, com dois rebaixamentos, no Paulista e Brasileiro. Então é aquela coisa, você perde um, dois jogos e já percebe que todo mundo fica perdido, relembrando coisa ruim do passado. Vamos lutar até o fim para classificar. Se não classificar esse ano, não tem terra arrasada. Ano que vem se busca um planejamento novamente e faz uma coisa sensata, sem emoção, com profissionalismo. Com certeza o Ituano, em 2027, no caso, trilhará aí a Série B e o Paulistão, que é de onde não deveria ter saído.”

Agora, o Ituano enfrenta o Ypiranga-RS neste sábado (23), às 17h, no Estádio Novelli Júnior, em Itu, pela 18ª rodada da Série C.