Sob risco de sofrer um transfer ban, o Corinthians quitou ainda nesta segunda-feira, 22, o valor integral da primeira das 24 parcelas previstas no acordo com credores homologado pela Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD). Inicialmente, o clube havia feito apenas um pagamento parcial, mas voltou atrás e completou a quantia algumas horas depois, garantindo o cumprimento da primeira etapa do plano.
Do pagamento parcial à quitação total
O acordo, firmado em abril e com valor total de R$ 76 milhões, reúne dívidas com atletas, empresários e clubes. O pagamento ocorre a cada três meses ao longo de seis anos. Inicialmente, neste primeiro compromisso, o Corinthians havia transferido R$ 150 mil ao Cuiabá, principal credor, que tem R$ 18 milhões a receber. Contudo, o valor representava apenas parte dos R$ 750 mil previstos.
Posteriormente, no fim do dia, o clube efetuou um novo repasse, quitando o total da parcela. “Foram dois pagamentos. No final do dia, quitaram o saldo”, confirmou um dirigente do Cuiabá ao ge.
Dessa forma, com o ajuste, o clube evitou a punição imediata da CNRD, que poderia aplicar um bloqueio de transferências por no mínimo seis meses, mesmo em caso de regularização posterior.
Compromisso sob vigilância
O acordo determina que o Corinthians repasse 80% do valor de cada parcela diretamente ao credor principal e utilize os 20% restantes para pagar honorários advocatícios. Além disso, o clube precisa cumprir o cronograma rigorosamente, já que atrasos recorrentes resultam na suspensão do registro de atletas, sem possibilidade de reversão imediata mesmo após o acerto das dívidas.
A diretoria que Osmar Stabile lidera, hoje como presidente interino, evitou uma crise maior no departamento de futebol. No entanto, encara um desafio contínuo. A cada três meses, o clube terá de realizar novos pagamentos para não correr o risco de sofrer sanções que podem, inclusive, prejudicar ainda mais o planejamento esportivo.