Roberval comenta nova tecnologia de “Desafio de Vídeo”

No comando do Comercial, pela semifinal da Copa Paulista, Roberval Davino será o treinador mais velho em atividade no país a participar da estreia do desafio de vídeo da arbitragem, novidade implementada pela Federação Paulista de Futebol (FPF). O primeiro jogo do país a adotar o recurso será entre Comercial e XV de Piracicaba.

Para Roberval, a ferramenta pode contribuir para maior justiça no futebol, embora também traga riscos de quebras no ritmo da partida.

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“Eu gosto do futebol jogado, o futebol da dúvida. O que acrescenta nessa situação é a tentativa de ajudar com a justiça. Quer queira, quer não, a gente busca justiça em todos os sentidos da vida. E no futebol também”, afirmou.

O treinador, no entanto, alertou para os impactos que a interrupção pode causar.

“A própria Fifa vem trabalhando para ter mais bola jogada. Mas hoje, com o VAR, qualquer situação para cinco, dez minutos. Vem essa situação, mais cinco, dez minutos. E, de repente, esquece o principal objetivo do jogo, que é o jogo em si.”

Na avaliação de Roberval, o recurso também pode abrir espaço para usos estratégicos durante os confrontos.

– Você para cinco minutos em um jogo que está sofrendo pressão. De repente, aquilo ali vai te ajudar. A criatividade do brasileiro é muito grande, principalmente para o lado de enganar – destacou.

Como funciona o desafio de vídeo

Chamado de Football Video Support (FVS), o sistema já foi testado pela Fifa em torneios de base, como a Copa do Mundo Feminina Sub-20. Diferente do VAR, não há árbitro de vídeo e nem análise de impedimentos.

Os técnicos têm direito a dois pedidos por jogo, sinalizados ao quarto árbitro com um cartão específico. O árbitro principal se dirige à cabine de replay à beira do gramado e decide se mantém ou altera a marcação. Se o pedido for aceito, a solicitação não é perdida.

Os lances passíveis de revisão são apenas:

• 
  

  gols;

  
  


• 
  

  marcação de pênalti;

  
  


• 
  

  cartão vermelho direto;

  
  


• 
  

  cartão mostrado ao jogador errado.

  
  

Além disso, os gols e disputas de pênaltis são revisados automaticamente, sem necessidade de desafio.