Treinador do Comercial na disputa da Copa Paulista, Roberval Davino usou parte da entrevista concedida ao TSP para refletir sobre a herança que tem deixado nos diversos clubes pelos quais passou. Com mais de quatro décadas de carreira, o técnico destacou o impacto que seu trabalho teve em diferentes momentos e praças do futebol brasileiro.
“Quem entra em um clube, trabalha e depois de um tempo vê o que ficou… isso é legado. E eu tenho o prazer de encontrar esse tipo de coisa em vários lugares por onde passei”, comentou Roberval durante a conversa.
O treinador, que atualmente lidera o Bafo na briga por classificação à próxima fase da Copa Paulista, fez questão de pontuar que a continuidade de ideias, mesmo após sua saída, é um dos maiores reconhecimentos que um profissional pode ter na área técnica. “Às vezes não é ganhar um título. Às vezes é ver que o método ficou, que a base cresceu, que o clube se estruturou a partir de algo que começamos lá atrás.”
Durante a entrevista, Roberval citou exemplos de clubes onde ainda mantém contato e onde observa a permanência de conceitos que ajudou a implementar. Sem soar saudosista, mas com orgulho, ele destacou que o futebol é um processo contínuo e que deixar algo para além da própria presença é o que dá sentido ao ofício.
“Você sabe que passou por ali e contribuiu. E não é vaidade. É missão”, resumiu.
No atual trabalho à frente do Comercial, o treinador tem buscado repetir a fórmula: diálogo com todas as áreas do clube, atenção ao contexto local, e formação de atletas e pessoas. E mesmo sabendo das pressões que envolvem a competição, diz seguir comprometido com uma entrega que vá além do resultado.
“Se for só pelo placar, o futebol não sobrevive. Precisa ser projeto, precisa ser raiz”, finalizou.