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Rogério Corrêa, do CAV, oitavo entrevistado do TSP Especial

Por: Thiago Barbalho
9 meses atrás em 5 de dezembro de 2024
Foto: CAV/Instagram
Na última terça-feira (3), o oitavo entrevistado da Série TSP Especial foi Rogério Corrêa, técnico da Votuporanguense. Durante a conversa, Rogério abordou temas importantes sobre o planejamento do CAV, o cenário do futebol paulista e os desafios para a temporada 2025. O treinador, que comandou a equipe na conquista do título da Série A3 e no vice-campeonato da Copa Paulista em 2024, trouxe uma visão clara sobre a evolução da equipe ao longo da temporada.
2024: conquistas e um olhar para o futuro

Rogério iniciou a entrevista refletindo sobre o sucesso do Votuporanguense em 2024. Ele destacou que o planejamento antecipado foi essencial para os resultados positivos. “Já estávamos planejando 2024 no fim do ano passado. Futebol é reconstrução e continuidade. Tivemos apenas cinco derrotas no ano e conquistamos títulos importantes. Faltou a cereja do bolo, que seria o título da Copa Paulista, mas conseguimos a vaga para a Copa do Brasil, algo importante para o clube financeiramente.”

[caption id="attachment_440145" align="aligncenter" width="765"] Votuporanguense conquistou o título da A3 em cima do Grêmio Prudente. Foto: Pedro Zacchi[/caption]

Sobre a continuidade, ele destacou que a confiança da diretoria foi fundamental para o sucesso. Rogério enxerga o Votuporanguense como um projeto a longo prazo, inspirado em clubes como Novorizontino e Mirassol. “Esses clubes cresceram com planejamento. É isso que estamos construindo aqui.”

[caption id="attachment_440146" align="aligncenter" width="765"] CAV conquistou a vaga na Copa do Brasil após vice-campeonato da Copa Paulista. Foto: Instagram[/caption]
Desafios e especificidades da Série A2

Ao ser questionado sobre as diferenças entre a Série A3 e a A2, Rogério destacou que a nova divisão exige mais técnica e planejamento. “Na A3, a força e a velocidade prevalecem. Já na A2, o jogo é mais jogado, mais técnico. Além disso, a A2 atrai olheiros de clubes da Série B e até da Série A, o que aumenta a visibilidade e a competitividade”, explicou.

Ele também ressaltou um desafio logístico: o calendário apertado. Com a equipe disputando a Série A2 e a Copa do Brasil, as viagens e a sobrecarga física serão grandes testes para o elenco. “Estamos conscientes disso, mas jogar a Copa do Brasil é uma oportunidade histórica para o clube, tanto em termos de visibilidade quanto de receita.”
Manutenção como base do sucesso

Rogério enfatizou a importância de manter uma espinha dorsal no elenco. Ele revelou que nove jogadores da temporada passada foram mantidos para 2025, o que traz solidez ao time. “Dispensar todo mundo e contratar todo mundo está acabando. A continuidade é fundamental. Isso nos ajuda a gastar menos e a garantir que os atletas já conheçam nosso modelo de jogo”, pontuou.

O técnico também falou sobre o perfil de jogador que busca para o elenco. “Quero atletas que queiram vencer, que sejam versáteis e tenham a mente aberta para aprender. Procuro goleiros que joguem com os pés, laterais dinâmicos, zagueiros que saibam construir e extremos rápidos e centroavante que saiba fazer uma parede. Não quero posse de bola só por ter, mas um time que saiba atacar com objetividade e machucar o adversário.”
Favoritos ao acesso e referências no futebol

Rogério apontou Ferroviária, Ituano e São José como os favoritos ao acesso na Série A2. Ele também elogiou treinadores experientes, como Júnior Rocha, Elio Sizenando e Sérgio Guedes, destacando o conhecimento e o trabalho que cada um desenvolveu na divisão. E colocou ele mesmo na prateleira, porque não?

Em relação a inspirações pessoais, Rogério mencionou técnicos como Tite, Fernando Diniz, Klopp e Guardiola. “Peguei um pouco de cada um e construí o meu estilo. A continuidade de trabalho é algo que admiro muito, como Diniz fez no Audax e como o Fortaleza tem mostrado nos últimos anos. Futebol é sobre tempo e planejamento.”
Foco no planejamento e no futuro

Para 2025, o objetivo inicial do Votuporanguense é garantir a permanência na Série A2, buscar o G8 e, em seguida, uma vaga na elite do futebol paulista. Rogério dividiu o planejamento em etapas e destacou que o clube está focado em uma evolução sustentável. “Não adianta subir e descer no mesmo ano. Precisamos construir degrau por degrau. O importante é ter os pés no chão e trabalhar jogo a jogo.”

Ele também mencionou a importância do estádio Plínio Marin, que será uma peça-chave em partidas decisivas. “Decidir em casa pode fazer toda a diferença. Se a final da Copa Paulista tivesse sido aqui, o desfecho poderia ter sido outro. O estádio é um trunfo importante”, afirmou.

Com uma filosofia clara e pés no chão, Rogério Corrêa mostrou que o Votuporanguense está preparado para os desafios que virão. A continuidade, o planejamento estratégico e a mentalidade vencedora são pilares que guiarão o clube na busca por mais conquistas em 2025. Assista na íntegra o oitavo episódio da Série.

https://www.youtube.com/live/dJg1c8VcnnA?si=YyDo71qEc-UbAMWM