SAF busca revisão da decisão para modernizar o estádio e ampliar capacidade de 5 mil para 15 mil lugares
Foto: Cristina Strutz/Juventus SAFA SAF do Juventus da Mooca deu o primeiro passo para modernizar a Rua Javari, mas encontrou um obstáculo que hoje trava qualquer mudança significativa: o tombamento histórico do estádio, que inclui o gramado natural.
A empresa que assumiu o comando do Moleque Travesso deseja substituir a grama por um piso sintético, mudança comum em arenas urbanas modernas, mas a ideia esbarra diretamente nas exigências de preservação do patrimônio.
O Estádio Conde Rodolfo Crespi foi tombado em 2020 pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental), que determinou a manutenção da “volumetria, dimensões e tipo de forração vegetal” do campo. Ou seja, o gramado natural também faz parte do conjunto protegido. A decisão se baseou no valor histórico da Javari como símbolo do futebol paulistano do início do século passado, preservando a atmosfera que moldou a forma de torcer do clube de origem operária.
A SAF argumenta que a grama sintética agregaria vantagens como melhor desempenho, maior durabilidade, menor risco de lesões, redução no uso de água e eliminação de defensivos agrícolas.
Mesmo assim, a proposta foi rejeitada pela área técnica do Conpresp, conforme revelou o portal Metrópoles. Agora, a nova esperança da SAF é conseguir uma revisão do tombamento, medida que também facilitaria outro plano ambicioso, que é ampliar a capacidade da Javari de atuais 5.180 lugares para cerca de 15 mil torcedores.
Anunciada no fim de outubro sob liderança da Contea Capital, a SAF do Juventus estabeleceu um plano esportivo de longo prazo. A primeira meta é voltar à elite do Paulistão em 2027, algo que não acontece desde 2008. A estratégia prevê ainda disputar apenas uma temporada na Série D, subindo à Série C já em 2028.
No cenário nacional, o objetivo é chegar à Série B em 2031 e, a longo prazo, buscar o sonho de disputar novamente a Série A do Brasileirão até 2035. O clube tem apenas uma participação na elite nacional, em 1983, ano em que conquistou o título da Taça de Prata, equivalente à Série B. A última presença juventina em competições nacionais ocorreu em 2007, na Série C.




